Vimos na nossa aula passada o casamento entre S. José e a Virgem Maria. Eles já tinham se casado, mas não moravam juntos, ou seja, não se havia celebrado a segunda fase do casamento judaico, que é a coabitação. Isso é colocado com muita clareza pelo evangelista S. Mateus, que diz assim logo no início do Evangelho: “Jacó gerou José, o esposo de Maria”. José já é chamado de esposo de Maria (o termo, no original grego, é o “homem” de Maria, assim como se diz que a esposa é a “mulher” do marido), “da qual nasceu Jesus que é chamado o Cristo”.
Continua S. Mateus: “Eis como foi a origem de Jesus Cristo: sua mãe Maria, desposada com José, antes de conviverem...”. Aqui estão claramente marcados os dois momentos do matrimônio: no primeiro momento, em que já havia o contrato de casamento, os dois estavam casados; mas, antes de conviverem (segundo momento), ela “achou-se grávida pela ação do Espírito Santo” (Mt 1, 18). Sabemos que, como os dois já eram oficialmente casados, não havia admiração nenhuma por parte da população ao ver que Maria estava grávida.
Sabemos que ela concebeu e, depois, foi passar três meses com Isabel até o nascimento de S. João Batista. Não...