Em encontro com os bispos poloneses, durante recente viagem apostólica à Polônia, o Papa Francisco voltou a condenar a teoria de gênero, chamando-a uma vez mais de "colonização ideológica". O Santo Padre expressou sua preocupação especial pelas crianças, que aprendem desde cedo nas escolas que "cada um pode escolher" o próprio sexo. "Questo è terribile", ele disse.
A reunião durante a qual veio a sua declaração se deu a portas fechadas na Catedral de Wawel, em Cracóvia, na quarta-feira da semana que marcou a celebração da Jornada Mundial da Juventude, no dia 27 de julho.
O Santo Padre respondia a uma questão relativa aos refugiados na Europa, quando fez uma valiosa digressão acerca do problema das ideologias:
"Aqui gostaria de concluir com um aspecto concreto, porque por detrás dele estão as ideologias. Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na África, nalguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a claramente por 'nome e apelido' – é o gender! Hoje às crianças – às crianças! –, na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo. E por que ensinam isto? Porque os livros são os das pessoas e instituições que te dão dinheiro. São as colonizações ideológicas, apoiadas mesmo por países muito influentes. E isto é terrível. Em conversa com o Papa Bento – que está bem e tem um pensamento claro – dizia-me ele: 'Santidade, esta é a época do pecado contra Deus Criador'. É inteligente! Deus criou o homem e a mulher; Deus criou o mundo assim, assim e assim; e nós estamos a fazer o contrário. Deus deu-nos um estado 'inculto' para que o fizéssemos tornar-se cultura; e depois, com esta cultura, fazemos as coisas que nos levam ao estado 'inculto'! Devemos pensar naquilo que disse o Papa Bento: 'É a época do pecado contra Deus Criador'!"
As palavras do Papa foram reportadas mundo afora e se somam à indignação de milhões de famílias, católicas ou não, que se opõem à inclusão desses assuntos nos currículos de educação nacionais.
No Brasil, embora uma importante batalha tenha sido vencida em 2015 para barrar a teoria de gênero das escolas, a vigilância dos pais continua necessária, especialmente em relação aos livros didáticos que vão parar nas mãos das crianças. Mais do que isso, porém, é importante que as famílias estejam atentas ao conteúdo que entra em suas próprias casas, através dos meios de comunicação, pois são os seus detentores os primeiros a comprarem a ideia do gênero. A "época do pecado contra Deus Criador", como bem disse o Papa Bento XVI e confirmou o Papa Francisco, só se fortalece graças à promoção aberta, explícita e quase onipresente do mal. E de nada adiantará vencê-lo lá fora, se continuarmos a ser envolvidos pelo "espírito dos tempos" dentro de nossas próprias casas.
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