Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 1, 7-11)
Naquele tempo, João pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.
O Evangelho próprio da Epifania, que iremos escutar amanhã, mostra-nos os reis magos em viagem, à procura do menino cujo nascimento fora predito pelos astros. Chegados a Belém, eles encontram a Cristo e, de joelhos, adoram-no nos braços mesmos de Maria. É um detalhe que o evangelista S. Mateus faz questão de registrar: os magos, “entrando na casa” em que estava hospedada a Sagrada Família de Nazaré, “acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele”, aninhado ainda no colo da Virgem, “o adoraram” (Mt 2, 11). Maria SS. foi, nesse sentido, como o primeiro ostensório em que Jesus quis ser manifestado ao mundo e adorado como rei e dominador de todas as coisas. Na Epifania do Senhor, por conseguinte, nos é revelado também o papel salvífico desempenhado por Maria. Ela é, com efeito, muito mais do que simples intercessora, pois ninguém dentre os santos pode dizer ter gerado o Filho de Deus. É, portanto, por Maria que Ele será gerado espiritualmente em nossas almas; não há outro caminho. Deus dela quis servir-se para vir ao mundo e dela, em cujos braços o Senhor se deu a conhecer aos reis magos, há de servir-se ainda hoje para vir a cada um de nós. Aproveitemos, pois, este ano que se inicia e façamos o propósito de crescer diariamente na devoção a Nossa Senhora. Recorramos a ela com mais frequência, crentes, não só em sua poderosíssima intercessão, mas ainda no zelo materno que ela dispensa ao cuidado de nossos corações, onde Cristo quer nascer, ser adorado, servido e, acima de tudo, amado familiarmente.
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