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Festa de São Felipe e São Tiago, Apóstolos

Com grande alegria, celebramos hoje a festa de duas das colunas da Santa Igreja: São Felipe e São Tiago, apóstolos do Senhor, aos quais devemos, assim como aos outros apóstolos, o depósito da fé que recebemos.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 14, 6-14)

Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes".

Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!" Jesus respondeu: "Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei".

Celebramos na liturgia de hoje, com grande alegria, a festa dos Apóstolos São Felipe, testemunha do Senhor (cf. Jo 1, 45-46), e São Tiago, chamado "o Menor" (cf. Mc 15, 40), parente de Jesus (cf. Mc 6, 3; Gl 1, 19). Motivo é, portanto, de grande louvor a Deus a festa que celebramos, pois, assim como aos outros apóstolos, devemos a eles o depósito da fé que recebemos — porquanto Aquele que era desde o princípio, o que eles ouviram e viram, o que contemplaram e suas mãos apalparam nos foi anunciado, para que com eles, por meio do Espírito Santo, estivéssemos em comunhão com Pai e o Filho (cf. 1 Jo 1, 1-3).

No Evangelho da festividade de hoje, o Senhor nos ensina que Ele é Caminho, Verdade e Vida (cf. v. 6), mas o que significam essas palavras tão conhecidas, das quais até os católicos mais displicentes se recordam? Jesus, Verbo Eterno do Pai, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, tem uma natureza verdadeiramente humana e uma natureza verdadeiramente divina; enquanto homem, Ele é Caminho, pois podemos unir-nos a Ele e por Ele chegar ao Pai, mas, enquanto Deus, Ele é Verdade e Vida, meta do nosso caminhar. Mais à frente no Evangelho, Nosso Senhor elucida ainda mais esse ensinamento, pois pede-Lhe São Felipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!" (v. 8), ao que responde o Senhor: "Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai" (v. 9). Essa lamentação deve atravessar nossa alma que ainda não crê real e firmemente em Jesus, o Filho de Deus, e fazer-nos pedir ao Senhor que aumente a nossa fé (cf. Lc 17, 5). De fato, para compreendermos que Jesus está no Pai e o Pai está n'Ele, e que Ele é a Verdade e a Vida, finalidade de toda a nossa existência, precisamos do toque do Cristo ressuscitado, Caminho, toque este que nos vem por meio do Paráclito, pois "o Espírito Santo — disse o Senhor —, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito" (Jo 14, 26).

Neste Tempo Pascal, peçamos ao Senhor que a cada Eucaristia possamos verdadeiramente crescer na fé que recebemos dos Apóstolos, fé que informada pela caridade nos une cada vez mais ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. — São Felipe e São Tiago, Apóstolos, rogai por nós!

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