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Os mistérios celebrados na Quinta-feira Santa

“Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

Texto do episódio
954

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 13,1-15)

Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.
Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

Hoje, encerramos a Quaresma para, finalmente, darmos início ao Tríduo Pascal. Com a noite da Quinta-feira Santa, nós entramos nos três dias que são o centro do ano litúrgico: a noite de Quinta à Sexta-feira Santa, primeiro dia; a noite de Sexta ao Sábado de Aleluia, o segundo dia e, no domingo, o terceiro dia: a Páscoa. 

Na Quinta-feira Santa, presenciamos uma Missa diferente das outras: celebramos, como em todas as Missas, a Ceia do Senhor, mas fazemos isso com um gesto de Jesus que é narrado somente pelo Evangelho de São João: o Lava-Pés. O Evangelho desta Missa, portanto, começa com uma solenidade — já que, de fato, a hora é grave e solene —, e São João nos diz: “Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai” (Jo 13, 1). 

No capítulo 2 do Evangelho de São João, Maria tinha pedido a Jesus um sinal, indicando a Ele que o vinho tinha acabado, mas Cristo disse: “Ainda não chegou a minha hora” (Jo 2, 4). No entanto, agora é chegado o momento da Páscoa, de passar deste mundo para o Pai. Mas como Ele fará isso? Cristo não fará como em Canaã, pedindo para enchermos as talhas para Ele transformar a água em vinho: Ele mesmo irá pegar uma jarra e, em vez de enchê-la, irá esvaziá-la sobre nossos pés, simbolizando o derramamento do seu Sangue sobre aquilo que nós temos de mais sujo e pecaminoso. 

Muitas pessoas gostam de ler este Evangelho observando a diaconia de Cristo, e, de fato, devemos recordar o que é o serviço de Jesus. Ele disse: “Eu vim a este mundo não para ser servido, mas para servir e dar a vida” (cf. Mc 10, 45), e é exatamente esse o seu serviço: dar a vida por amor a nós. Esse amor é manifesto desde a primeira frase do Evangelho de hoje, quando é dito: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1), e ele se torna ainda mais evidente com a presença daquele amigo que se fez inimigo de Jesus, Judas Iscariotes. 

Assim diz o Evangelho: “Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus” (Jo 13, 2). Neste momento, num ato supremo de humildade, Jesus irá lavar os pés de Judas, o inimigo, e São João faz uma profissão de fé clara e bela: “Jesus, sabendo que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura” (Jo 13, 3). Então, Ele toma uma atitude de servo, e vemos diante dos nossos olhos a realização do segundo capítulo da Carta aos Filipenses: Cristo se esvazia, tomando a forma de servo e fazendo-se semelhante aos homens para nos servir.

Eis o motivo de vivermos o Tríduo Pascal: para que o Senhor possa lavar os nossos pecados e verdadeiramente seja para nós o Salvador, Aquele que desce e vem ao encontro da nossa pequenez miserável. Então, compreendendo tudo isso, percebemos a grandeza da humildade que todo cristão deve viver, humilhando-se diante de Cristo ao reconhecer sua maldade e, confiando nele, deixando que Ele lave os nossos pecados. Desse modo, uma vez que a água simbolizada no Lava-Pés é derramada sobre nós no Batismo, adquirimos uma dignidade sublime e o próprio Deus se faz presente em nossos corações.

No entanto, não podemos nos envaidecer e nos encher de soberba. Sim, temos a graça de professar a fé em Cristo, mas exatamente por isso devemos, como Ele, rebaixar-nos e servir. E qual é o grande serviço que podemos realizar? É o que celebramos na missa In Coena Domini: a instituição da Eucaristia e do sacerdócio cristão. Na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, o Papa Paulo VI põe fim a um debate polêmico sobre a missão da Igreja. As pessoas se perguntavam para que existia a Igreja e a evangelização. Paulo VI, então, responde: “A evangelização é para instaurar a Igreja, e a Igreja se instaura levando as pessoas à Eucaristia”. Por isso, precisamos transformar a Missa em missão. Nós, lavados por Cristo no Batismo — simbolizado pelo Lava-Pés —, recebendo a Eucaristia — seu Corpo e seu Sangue — e estando tão intimamente unidos a Ele, precisamos ser como Ele, tornando-nos missionários, como Jesus é o missionário do Pai, e indo às pessoas para trazê-las à Eucaristia. Essa é a finalidade da Igreja, e a instituição da Eucaristia que nós hoje celebramos é a razão de ser da Igreja, de Cristo ter vindo a este mundo, da Virgem Maria, dos anjos, de todo o mistério de salvação.

Que alegria celebrarmos hoje a Missa da Ceia do Senhor, ouvindo o toque dos sinos e a música sublime do Glória! Que alegria vermos o Santíssimo Sacramento rodeado de toda a adoração, de todo o louvor e de reconhecermos que Deus está ali, presente! Se quisermos bem celebrar esta Ceia do Senhor ao recebermos a Comunhão nesta noite, vamos com os discípulos para o Getsêmani e façamos como São João: reclinemo-nos no peito de Jesus.

Quam modo tale amore no redamare” – “Como não vou amar de volta um amor assim?”, disse Santo Agostinho. Compreendendo isso, a gratidão que sentiremos em nossos corações ao recebermos a comunhão será imensa, pois saberemos: Cristo, em sua infinita misericórdia, morreu por nós numa Cruz, e nós podemos retribuí-lo, amando-o verdadeiramente e, como João, reclinando nossas cabeças no peito d’Aquele que nos amou até o fim.

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RC
Robson Cola
18 Abr 2025

Que maravilhosa pregação! 

Responder
VS
Valdonio Sales
17 Abr 2025

Como não vou amar de volta um amor assim?”, disse Santo Agostinho. Compreendendo isso, a gratidão que sentiremos em nossos corações ao recebermos a comunhão será imensa, pois saberemos: Cristo, em sua infinita misericórdia, morreu por nós numa Cruz, e nós podemos retribuí-lo, amando-o verdadeiramente e, como João, reclinando nossas cabeças no peito d’Aquele que nos amou até o fim.

Responder
VS
Valdonio Sales
17 Abr 2025

Eis o motivo de vivermos o Tríduo Pascal: para que o Senhor possa lavar os nossos pecados e verdadeiramente seja para nós o Salvador, Aquele que desce e vem ao encontro da nossa pequenez miserável. 

Responder
VS
Valdonio Sales
17 Abr 2025

Muitas pessoas gostam de ler este Evangelho observando a diaconia de Cristo, e, de fato, devemos recordar o que é o serviço de Jesus. Ele disse: “Eu vim a este mundo não para ser servido, mas para servir e dar a vida” (cf. Mc 10, 45), e é exatamente esse o seu serviço: dar a vida por amor a nós. 

Responder
JC
July Cavalcante
17 Abr 2025

Que pregação emocionante. Muito obrigada, padre Paulo Ricardo por tanto aprendizado. Que o amor do Espírito Santo de Deus ilumine e abençoe o senhor hoje e sempre. 

Responder
L
Luhara
17 Abr 2025

"Vamos amar Aquele que nos amou primeiro."

Responder
GF
Geraldo Filho
17 Abr 2025

Em Minha Memória, lavai os pés uns dos outros.

Responder
EM
Egiane Manoel
17 Abr 2025

Amém Aquele que me amou até o fim 🙏🏻 

Responder
ÁL
Álerson Lima
17 Abr 2025

Amém!

Responder
Texto do episódio
Comentários dos alunos