Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 16, 24-28)
Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino”.
Hoje, celebramos a memória de S. Teresa Benedita da Cruz, mais conhecida por seu nome civil, Edith Stein. Trata-se de uma filósofa alemã, judia de origem, nascida na última década do séc. XIX, que se converteu em 1921 depois de ler, fascinada, o Livro da Vida, de S. Teresa d’Ávila. Edith, que tanto buscara a verdade nos raciocínios filosóficos e nas escolas de pensamento, depois de muito tempo afastada da prática religiosa e vivendo num ateísmo prático, enfim encontrou o que tanto procurava ao concluir a biografia da santa carmelita. “Aqui está a verdade!”, exclamou, aliviada, após vários anos à busca dessa luz que nos liberta do erro e das incertezas. Edith recebeu o Batismo meses depois, em 1922, e, uma vez católica, viu-se chamada ao Carmelo cuja reformadora a chamara à verdadeira fé. Recebeu o hábito em Colônia, no ano de 1934; devido, porém, às perseguições nazistas, teve de ser transferida às pressas para o convento holandês de Ecth, onde foi capturada pelos hitleristas em agosto de 1942, sendo enviada de lá para Westerbork, um campo de concentração no norte da Holanda. De lá a mandaram, em agosto do mesmo ano, para Auschwitz, onde recebeu finalmente a coroa do martírio. O último livro por ela escrito, A Ciência da Cruz, desvela-nos a sabedoria que se esconde atrás dos sacrifícios a que os santos se entregam por amor àquele que por eles se entregou como vítima inocente, em holocausto agradável ao Pai. — Recorramos hoje à intercessão de S. Teresa Benedita e peçamos-lhe que nos alcance de Cristo, Nosso Senhor, a graça de aprendermos a carregar nossas cruzes e a saborear com paciência todo sofrimento, por amor e gratidão a Ele.
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