Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 16, 29-33)
Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. Jesus respondeu: “Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!”
Hoje, 13 de maio, recordamos a aparição de Nossa Senhora em Fátima, prevendo toda a grande luta que deveríamos travar contra o demônio durante o século XX.
No capítulo 12 do Apocalipse, acontece a realização de uma profecia feita no terceiro capítulo do Gênesis — “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a sua descendência” (Gn 3, 15) —, quando uma mulher, vestida de sol, dá à luz um filho, que é arrebatado ao Céu. Ela, então, vai para o deserto e luta, com o restante dos seus filhos, contra o Dragão, a “antiga Serpente”, como São João deixa claro no Apocalipse. E é justamente sobre essa batalha que Nossa Senhora fala em Fátima.
Ela também alerta sobre as muitas almas que se precipitam no Inferno, sobre nossa indiferença e sobre a necessidade de nos consagrarmos a Ela e de repararmos o seu Imaculado Coração, verdadeiramente nos sacrificando e nos oferecendo a Deus pela conversão dos pecadores. Nossa Senhora apareceu em Fátima para, a partir daqueles três pequenos pastorinhos, formar o exército dos seus filhos, que irão entrar na batalha contra o Dragão, a qual está sendo travada ao longo de toda a história da Igreja e continuará sendo, até o fim dos tempos.
Em toda a história da Igreja, não houve um século mais cheio de lutas e de guerras espirituais do que esse que passou. Maria previu toda a história desse século, mas suas mensagens em Fátima tinham algo de incerto. Ela dizia: “Se não se converterem…”; “Se não fizerem penitência…”; “Se não mudarem de vida…”. Entretanto, há algo que ela afirmou com categórica certeza: o desfecho da luta. Ela não supôs que iria vencer, e sim afirmou: “O meu Coração Imaculado triunfará”.
Por isso, alegremo-nos hoje por termos entrado verdadeiramente neste exército de Maria. Um dia, no Céu, iremos exibir gloriosos as nossas feridas com muito orgulho, dizendo: “Recebi estas chagas lutando junto com a Mulher vestida de Sol, aquela cujo Coração Imaculado triunfará”.
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