Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 3, 13-1)
Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios. Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do trovão”; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
A Igreja celebra hoje a memória de Santa Inês, virgem e mártir de Cristo e da pureza. Embora em tempos mais recentes tenha decrescido o número de seus devotos, esta santa de Roma gozou durante muitos séculos do carinho e da devoção dos fiéis católicos, a ponto de ter o seu nome incluído logo cedo no Cânon romano. Ao ser aprisionada pelas autoridades do Império, Inês era ainda tão jovem e pequenina — contava então cerca de treze anos —, que não havia grilhões estreitos o bastante para lhe imobilizar os pulsos. O que vemos, porém, nas atas em que ficou registrado o seu martírio é um espírito forte, agigantado pela graça de Cristo. Como todos os santos, por seu amor a Jesus e pela fidelidade aos mandamentos evangélicos, Inês foi dotada de uma força que a lógica humana não pode explicar: com seu corpo frágil, ela foi capaz de uma fortaleza superior à dos mais valorosos guerreiros; com sua pouca idade, demonstrou uma prudência sobre-humana, ao preferir sua virgindade, sinal de consagração a Cristo, a salvar a própria vida pela infidelidade ao seu divino Esposo. Por isso, os cristãos de todas as idades sempre recorreram a ela como padroeira da castidade, por quem Deus muito se compraz em restituir-nos a pureza de coração, perdida às vezes de formas tão indignas, não já de um cristão, mas nem sequer de um ser racional. Saibamos, pois, resgatar essa tão doce e tão sólida devoção a Santa Inês de Roma. Peçamos ao Senhor que, por meio dela, nos dê a graça de vivermos integralmente a virtude da castidade: os namorados e noivos, guardando-se como convém, para se poderem entregar com coração generoso; os esposos, vivendo como devem a pureza conjugal e respeitando os fins naturais do matrimônio; os consagrados e ordenados, sendo fiéis, como se obrigaram, aos próprios votos e oferecendo diariamente o sacrifício de seus corpos, desejos e afetos.
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