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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 9, 18-22)

Aconteceu que Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?”. Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a Memória de São Vicente de Paulo, proclamado pelo Papa Leão XIII como padroeiro de todas as obras de caridade da Igreja Católica.

São Vicente de Paulo é conhecido por seu amor aos pobres, os quais ele chamava de “nossos senhores”, devido ao dever que temos de ajudá-los e servi-los. Porém, uma das características pouco conhecidas de São Vicente de Paulo é o fato de que ele fazia não somente obras de caridade material, mas também obras de caridade espiritual. São Vicente de Paulo cuidava de uma rede de ações caritativas e, ao mesmo tempo, preocupava-se verdadeiramente com a salvação das almas. 

Quando foi nomeado como responsável pelas pessoas que eram condenadas a trabalhar nas galés — pena na qual os criminosos eram obrigados a remar —, este santo se preocupou não só com o bem-estar físico dessas pessoas, conseguindo do rei vários indultos para que a qualidade de vida deles melhorasse, mas também com a salvação das almas dos condenados.

Essa vontade de São Vicente de levar as pessoas à conversão e a uma vida verdadeiramente cristã foi o que sempre caracterizou as obras de caridade da Igreja Católica. É importante não nos esquecermos de que as obras de misericórdia corporais só terão sentido se praticarmos também as obras de misericórdia espirituais, levando assim os ignorantes à fé, à graça de Deus e ao conhecimento da Verdade. 

No século XVII, apesar das várias controvérsias religiosas, o jansenismo foi a principal heresia que atacou a França, dizendo, por exemplo, entre várias afirmações absurdas, que nós não somos livres para resistir à graça, ou seja, não temos liberdade para rejeitar a graça de Deus. Nesse contexto, São Vicente de Paulo, sabendo do grande mal dessa heresia, promoveu entre os bispos a condenação do jansenismo, acendendo no coração das pessoas a verdadeira fé católica.

Fé esta que se baseia no fato de que Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da Verdade. A graça de Deus está sempre nos convidando para que mudemos de vida e, se não a ouvimos, a culpa é nossa. Portanto, precisamos imitar São Vicente de Paulo, o qual nos mostra a caridade de Cristo, que nos impele a fazer tanto o bem fisicamente aos necessitados quanto espiritualmente, porque no coração de cada homem, mesmo o mais perverso, existe graça suficiente para que se converta e trilhe o caminho da salvação.

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