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Fernando de Bulhões, ou melhor, Santo Antônio de Lisboa, viveu num tempo de Cruzadas. Sua própria terra natal nascera de uma guerra de Reconquista, ou seja, quando os cristãos começaram a retomar seus territórios dos muçulmanos. 

Quando tomou notícia do martírio que alguns frades franciscanos haviam sofrido no norte da África, tentando converter os mouros para Cristo, o cônego Fernando, já sacerdote, pensou consigo: “Eis a minha missão”, e ingressou na Ordem dos Frades Menores, ansioso por evangelizar os bárbaros.

Como frei Antônio, porém, ele descobriu que os selvagens para os quais fora chamado não estavam nem no Marrocos, nem nos mouros, mas nos próprios católicos. O lugar da sua “reconquista” era os corações dos batizados — seja através daquela primeira violência que afugenta os pecados mortais; seja através daquele governo contínuo e gradual, que vai “amansando” nossas paixões desordenadas e colocando-nos, pouco a pouco, no caminho da santidade.

Esta homilia foi feita pelo Padre Paulo Ricardo nesta quinta-feira, 13 de junho de 2024, durante Missa matutina na Paróquia Cristo Rei, de Várzea Grande (MT).

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