Dando continuidade ao nosso curso sobre O Segredo Admirável do Santíssimo Rosário, de São Luís Maria Grignion de Montfort, estudaremos na aula de hoje a segunda parte ou dezena do livro, em que se explicam as orações vocais de que o Rosário está constituído: o Credo, o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Não percamos de vista, como dito anteriormente, que esta devoção, para ser completa e dar todos os frutos de que é capaz, compõe-se essencialmente de dois tipos de oração, de forma que a meditação (ou seja, a oração mental) dos mistérios da vida de Cristo e de sua Mãe Santíssima deve perpassar e "preencher" a repetição (isto é, a oração vocal) das fórmulas que a acompanham. Por isso, é importante que a recitação do Rosário seja feita num ritmo tranquilo e sereno, favorável a "uma certa demora a pensar" [1], a fim de que a inteligência e a imaginação possam fixar-se nos mistérios contemplados, saboreando-os, degustando-os e, a exemplo de Maria, conservando-os e ponderando-os no coração (cf. Lc 2, 19.51).
A oração vocal com que iniciamos o Rosário é o Símbolo dos Apóstolos, também conhecido como Credo. Rezamo-lo no pequeno crucifixo do Terço com o propósito de suscitar em...