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O Senhor dos Anéis

Graça e redenção em “O Senhor dos Anéis”

Por que é que, depois de nos segurar por mais de 900 páginas e nos levar até a beira das Fendas da Perdição, Tolkien parece rir da nossa cara no momento mais intenso da história, fazendo Frodo recuar e trair todas as expectativas, com medo de destruir logo o Um Anel?

Nesta terceira aula do nosso curso de férias sobre “O Senhor dos Anéis”, você vai descobrir a profunda dimensão espiritual por trás desta e de muitas outras passagens da trilogia do Anel!

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Colocamos aqui à disposição dos alunos, em forma de breves tópicos, as principais aplicações teológicas que o Pe. Paulo Ricardo nos propõe na aula de hoje como guias de leitura de algumas passagens e personagens de O Senhor do Anéis.

O momento mais precioso e extraordinário, do ponto de vista teológico, de toda a saga O Senhor dos Anéis é a incapacidade de Frodo, após uma série de façanhas heróicas encaradas com grande resiliência, de lançar o Um Anel nas Fendas da Perdição do monte Orodruin. Por trás desse “fracasso” do hobbit Bolseiro está a verdade de que nenhum de nós pode vencer o mal com as próprias forças; trata-se, numa palavra, do primada da graça divina sobre as debilidades e limitações da natureza humana. Também em Gollum pode-se ver um símbolo da graça sobrenatural entendida como dom de Deus. Ele é retratado, pois, como um instrumento a serviço da Providência, não só por seu papel na destruição do Um Anel, mas por ter sido, em várias ocasiões ao longo da história, objeto da misericórdia de Bilbo, Frodo e Sam, que por compaixão se recusaram a matá-lo. Nesse sentido, Gollum encarna tanto o inimigo a quem devemos amar como as dificuldades que, mesmo que não o...
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