São os santos da Igreja Católica que possuem a verdadeira percepção da realidade das coisas. Quem olha para as religiosas de uma clausura, confinadas sem poderem sair, talvez tenha a impressão de que elas estão "presas", de que estão "alienadas" do mundo. A verdade, ao contrário, é que são elas umas das poucas pessoas da terra atentas para as coisas que realmente importam: a salvação da própria alma, o diálogo com Deus, a eternidade.

Elas são verdadeiramente livres! Presos estamos nós, do lado de fora, atados que estamos, muitas vezes, "às planícies desta vida". Alienados estamos nós, que quantas vezes nos esquecemos que a nossa Pátria verdadeira é o Céu…!

Santa Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia, é uma dessas almas que compreenderam o sentido desta existência e passaram a vida esperando pela vinda do Senhor. Nesta oração, retirada de seu famoso Diário, nós nos unimos a todas essas almas que rezam no silêncio dos claustros, manifestando a Deus o desejo de vê-lO reinar também, e em primeiríssimo lugar, em nosso coração. — Vinde, Senhor Jesus!

Espera da alma pela vinda do Senhor

Não sei, Senhor, a hora em que vireis;
Portanto velo sem cessar e fico atenta
Como Vossa esposa eleita,
Porque sei que gostais de vir sem ser notado,
Mas o coração puro, de longe, Senhor, Vos perceberá.

Aguardo-Vos, Senhor, com quietude e silêncio,
Com grande saudade em meu coração,
Com sede indomável.
Sinto que meu amor para Convosco se transforma em fogo,
E como uma chama se elevará ao céu no final da vida,
E então serão satisfeitos todos os meus desejos.

Vinde logo — meu Senhor Dulcíssimo,
E levai o meu coração sedento
Lá, até Vós, a essas sublimes regiões celestes,
Onde perdura a Vossa vida eterna!

Porque a vida na Terra é contínua agonia,
Porque o meu coração sente que para as alturas foi criado.
E nada se importa com as planícies desta vida,
Porque a minha Pátria é o céu. — Creio nisto firmemente.


Diário de Santa Faustina Kowalska, n. 1589.

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