Senhor Deus Pai,

Neste dia em que celebramos o 49.º aniversário natalício do Padre Paulo Ricardo, nós dobramos os nossos joelhos em ação de graças diante de Vós, "de quem recebe o nome toda paternidade no céu e na terra" (Ef 3, 15).

Vós não vos contentastes, ó Senhor, em criar o homem à vossa imagem, como enviastes na plenitude dos tempos o vosso próprio Filho, nascido da Virgem Maria, a fim de resgatar-nos da condição decaída em que por nossa culpa nos encontrávamos e elevar-nos já não mais a uma felicidade natural, como a que gozavam nossos primeiros pais, mas à bem-aventurança de vossa mesma vida trinitária.

Só Vós, ó Senhor, poderíeis fazê-lo; só Vós poderíeis romper o abismo que nos separava a nós, criaturas, de Vós, que sois o Criador, o Ordenador e o Provedor de tudo o que existe. E por misericórdia Vós o fizestes.

Só Vós, ó Pai, poderíeis infundir em nossas almas miseráveis a vossa graça sobrenatural, a fim de que recuperássemos aquela semelhança que tínhamos desprezado e alcançássemos de modo superabundante a salvação — a saúde! — que havíamos miseravelmente perdido. E por puro amor e gratuidade Vós o fizestes.

Escolhestes, para tanto, ó Pai, os vossos instrumentos. Podendo dispor tudo do modo como lhe aprouvesse, quisestes fazer o homem participar de sua própria redenção. Criastes-nos sem nós, Senhor, do nada; para salvar-nos, no entanto, quisestes a nossa ajuda, buscastes o nosso "sim". Quisestes e quereis. Buscastes e buscais. Procurastes no coração e nos lábios da Virgem Maria o consentimento para nos enviardes o vosso divino Filho; na liberdade dos Apóstolos a adesão para levarem ao mundo a boa-nova da salvação; e, ainda hoje, é com a resposta e a entrega dos sacerdotes que Vós contais para descer ao mundo e criar, nas almas dos mortais, a imortalidade do Céu.

Hoje, Senhor, profunda gratidão a Vós pelo dom de todos os sacerdotes do Altíssimo, especialmente pela vida de Paulo Ricardo, vosso filho e nosso pai. Porque, sem que merecéssemos, criastes-nos, remistes-nos e, para não deixar inacabada esta obra que fizeram vossas mãos, concedestes-nos em vossa sapientíssima providência as mãos sacerdotais deste seu filho para trazer-nos a Eucaristia, os seus lábios abençoados para ensinar-nos o caminho da vida eterna, a sua existência toda, enfim, para lembrarmo-nos de Vós, "de quem recebe o nome toda paternidade no céu e na terra" (Ef 3, 15).

Recebei em vossas mãos, ó Deus, a nossa profunda ação de graças e concedei a este pai que tanto amamos a felicidade de servir-Vos a cada dia com mais generosidade — e que seja também este o único anseio de nosso inquieto coração. Amém.

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