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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 12, 13-17)

Entretanto, eles enviaram a Jesus alguns fariseus e herodianos para armar-lhe uma cilada com uma pergunta. Chegaram dizendo: “Mestre, sabemos que és sincero e não te deixas influenciar por ninguém, porque não olhas para a condição social das pessoas, mas ensinas segundo a verdade a doutrina de Deus. É ou não é lícito pagar imposto a César? Devemos pagar ou não pagar?” Ele, percebendo a sua hipocrisia, respondeu-lhes: “Por que me preparais ciladas? Trazei-me uma moeda para eu ver”. Trouxeram-lhe uma. Perguntou-lhes: “De quem é esta imagem e inscrição?” Responderam-lhe: “De César!” Então, Jesus lhes disse: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!” E ficaram assombrados com esta sua resposta.

Celebrando hoje a memória de S. Bonifácio, bispo, mártir e evangelizador dos povos germânicos, a Igreja nos anuncia o Evangelho em que Jesus, confrontado uma vez mais pelos fariseus e herodianos, diz-lhes uma palavra que mudou para sempre a história da humanidade: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Jesus estabelece aqui a independência da Igreja relativamente às potestades temporais em todas as suas formas — reis, imperadores, Estado etc. Realidade espiritual por excelência, a Igreja é livre e soberana diante do braço secular e político. Sem tropas ou armas de fogo, ela detém um poder que é maior do que todas as potências mundiais: o poder sobre as almas, derivada da autoridade do próprio Cristo, de quem é Corpo vivo e perene, e a missão de conduzi-las à bem-aventurança celeste pelo ensino da verdade e a aplicação sacramental dos frutos da nossa Redenção. A Igreja, com efeito, por ser coluna e sustentáculo da única verdade que salva, tem o direito a que o mundo inteiro, dos palácios às aldeias, se submeta às suas santas leis, não para oprimi-lo e sufocá-lo, mas para libertá-lo segundo o desejo de seu divino Fundador.

É por isso que as autoridades civis têm o dever de proteger os direitos da Igreja e, além disso, reconhecê-la como portadora única da religião revelada. De fato, uma vez que o poder temporal se ordena ao bem comum dos cidadãos, compete-lhe promover a ação evangelizadora da Igreja Católica, à qual foi confiada o bem maior de todos os homens, sejam príncipes ou súditos: a salvação eterna. Que nós, como bons filhos da Igreja Romana, saibamos obedecer antes a Deus que aos homens, e rezemos com especial fervor para que as nações outrora cristãs retornem à fé e à salutar submissão aos responsáveis das coisas divinas, submissão que as erigiu em tempos passados como bastiões da cristandade e modelos de civilização.

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