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Homilia Dominical
21 Jun 2019 - 25:18

“E vós”, católicos, “quem dizeis que eu sou?”

Se se perguntasse aos homens de hoje quem eles pensam ser Jesus Cristo, de modo geral, respostas muito positivas seriam dadas: uns diriam que é um “iluminado”; outros, que é um “espírito-guia”; outros ainda, que é um “profeta”. Mas, em um mundo contaminado pelo indiferentismo religioso, onde o que vale é “crer em alguma coisa”, quem está disposto a reconhecer no filho da Virgem Maria o “Cristo de Deus”, como fizeram os Apóstolos e como faz ao longo dos séculos a santa Igreja Católica?
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Homilia Dominical - 21 Jun 2019 - 25:18

“E vós”, católicos, “quem dizeis que eu sou?”

Se se perguntasse aos homens de hoje quem eles pensam ser Jesus Cristo, de modo geral, respostas muito positivas seriam dadas: uns diriam que é um “iluminado”; outros, que é um “espírito-guia”; outros ainda, que é um “profeta”. Mas, em um mundo contaminado pelo indiferentismo religioso, onde o que vale é “crer em alguma coisa”, quem está disposto a reconhecer no filho da Virgem Maria o “Cristo de Deus”, como fizeram os Apóstolos e como faz ao longo dos séculos a santa Igreja Católica?
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 9, 18-24)

Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”.

Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.

Meditação. — 1. O Evangelho deste domingo traz à tona uma questão bastante atual: afinal, quem é Jesus de Nazaré? Boa parte de seus contemporâneos via-o com bons olhos, e chegava mesmo a acreditar que seria Elias ou João Batista. Seja como for, essas opiniões, por mais positivas que fossem, não correspondiam à identidade de Jesus. Eram apenas opiniões generalizadas. Do mesmo modo, as pessoas do mundo de hoje até gostam de Jesus e enxergam nele uma “pessoa iluminada”. Mas poucos estão convictos de que Ele seja mesmo o “Filho de Deus” encarnado.

A pergunta sobre a real identidade de Jesus de Nazaré está fatalmente ligada àquela ideia religiosa, muito disseminada atualmente, de que “o importante mesmo é crer em alguma coisa”. De acordo com essa mentalidade, todas as religiões seriam expressão de um único e mesmo Deus. Portanto, não faria sentido defender a primazia de qualquer religião sobre as demais, pois, de um lado, isso seria uma grosseria e, do outro, geraria divisões na comunidade dos homens. A atitude religiosa mais correta seria, no fim das contas, a do indiferentismo.

2. O verdadeiro cristianismo, no entanto, é uma pedra de tropeço para essa mentalidade, pois a fé dos Apóstolos sustenta há dois mil anos que Jesus, o filho de Maria, não foi simplesmente um “profeta”, mas uma Pessoa Divina que se encarnou neste mundo, a fim de redimir a humanidade de seus pecados. Aquela criança na manjedoura era, por natureza, o regente de todo o universo, o alfa e o ômega, o princípio e o fim. A fé católica professa, pois, algo incompatível com o indiferentismo religioso. Para nós, Jesus não é um “iluminado” ou um “espírito-guia”. Ele é o próprio Deus.

O escândalo do cristianismo é que ele põe em xeque todas as outras religiões. Ou elas estão certas e o cristianismo errado, ou o cristianismo está certo e nós temos de abraçá-lo. Não há outra alternativa. Ainda que muçulmanos e budistas vejam Jesus como um “profeta” ou “outro Buda”, não podemos dizer que a opinião deles vale tanto quanto a Tradição Apostólica. Deus tem de ser encontrado em Jesus Cristo, o Verbo encarnado que veio a este mundo para nos trazer a redenção. Qualquer doutrina diferente dessa não pode ser chamada de cristianismo, nem ser aceita pelos católicos como uma religião verdadeira.

3. Nos últimos 300 anos, uma mentalidade maçônica tomou conta da cultura, diluindo o cristianismo no caldo relativista que a maçonaria propõe às sociedades modernas. As pessoas estão pensando como os maçons, mesmo que não o sejam de fato. Para eles, tanto vale a Revelação da Bíblia Sagrada quanto a de qualquer outra religião. Mas isso não é cristianismo, nem jamais será. À pergunta de Jesus — “e vós, quem dizeis que eu sou?” — os católicos só podemos dar uma única resposta: “Meu Senhor e meu Deus”.

Essa profissão de fé não significa, porém, um desprezo pelos que não creem em Cristo, mas um chamado para que eles venham fazer parte desta mesma família católica. E o mesmo dizemos aos cristãos não-católicos. Esse mesmo Jesus encarnado deixou-nos um sacramento pelo qual devemos dar a nossa própria vida. Dentro dos sacrários existe um ser humano vivo, ao qual todos devemos nos dobrar. A nossa santa Igreja Católica é a única e verdadeira Igreja de Cristo, que se fez homem na história e está presente na Divina Eucaristia. Por isso é que, unidos a Pedro, iremos professar até o fim dos séculos a única religião, que o Pai do Céu lhe revelou: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt 16, 16).

Oração. — “Escutai, Senhor, a voz de minha oração, tende piedade de mim e ouvi-me. Fala-vos meu coração, minha face vos busca; a vossa face, ó Senhor, eu a procuro. Não escondais de mim vosso semblante” (Sl 26, 7-9).

Propósito. — Meditar, com o documento da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre a inconciliabilidade entre fé cristã e maçonaria.

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