Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 4, 18-22)

Naquele tempo, quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.

A vida de Santo André, cuja festa a Igreja hoje celebra, recorda-nos que o próprio e principal da vida dum apóstolo é, antes de pregar o Evangelho, estar com Jesus, como diz o evangelista Marcos: "Depois, subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a Ele. Designou doze dentre eles para ficar em sua companhia" (Mc 3, 13s). Pois todo apostolado e, portanto, todo testemunho autêntico de Cristo só pode ser feito por quem sabe estar junto do Senhor; mais concretamente, por quem desenvolve com Ele um trato íntimo de amizade por meio duma vida de frequente e comprometida oração. Não há meio de anunciarmos Jesus ao mundo — a nosso familiares, amigos, colegas etc. — se não fazemos questão de encontrar-nos com Ele, a fim de melhor O conhecermos e Lhe perguntarmos como discípulos interessados: "Rabi, onde moras?", para que Ele nos abra de par em par a sua intimidade: "Vinde e vede" (Jo 1, 38s). Imploremos hoje ao Senhor que nos faça constantes na oração e, por meio dela, encha-nos de zelo verdadeiro apostólico, a fim de proclamarmos a quantos encontrarmos quão doce e suave é a Sua amizade.