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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 9,35–10,1.6-8)

Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade.

Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”

E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.

Enviou-os com as seguintes recomendações: “Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!”

Hoje, celebramos a memória de São Francisco Xavier, que, juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, é padroeiro universal das missões.

Quem foi este santo? São Francisco Xavier nasceu de uma família que era ao mesmo tempo basca e navarra, no reino de Navarra, no castelo de sua família em Xavier. Na realidade, Xavier não é o sobrenome, mas o lugar de onde ele veio. O que se diria, então, é que ele é São Francisco de Xavier.

Seja como for, o fato é que ele, ainda menino, foi enviado pela mãe para estudar na França. Exatamente porque havia um conflito entre o reino de Navarra e os castelhanos, a mãe não queria que o filho estudasse em universidades de invasores.

O fato é que Francisco providencialmente vai para Paris e ali se encontra com Inácio de Loyola, que fundou a Companhia de Jesus. Ele logo se oferece para ser missionário. O reino de Portugal pede a Inácio de Loyola missionários para as Índias, e Francisco é designado.

Ele vai, e nós podemos dizer que, depois de São Paulo, talvez São Francisco Xavier seja o missionário cristão que mais converteu e mais batizou em toda a história do cristianismo. Ele mesmo diz que eram tantas as conversões, que o seu braço se cansou de batizar as pessoas. O braço já não tinha forças para batizar, tantos eram aqueles que estavam sendo batizados!

Hoje, a relíquia desse braço cansado de batizar cristãos encontra-se na igreja “Gesú”, em Roma, e nós podemos ali venerar o grande Francisco Xavier.

Mas foram apenas glórias na vida deste grandioso missionário. As pessoas que se convertiam nem sempre permaneciam convertidas, porque Francisco Xavier encontrou uma dificuldade: o contratestemunho dos cristãos.

Havia muitos que se convertiam dentre aqueles povos asiáticos; mas, quando viam os portugueses que já eram convertidos mas não viviam as virtudes cristãs que eram pregadas, eles também “adaptavam”, mesclando o cristianismo com suas antigas religiões. Praticavam o cristianismo, mas tinham seus deuses escondidos.

Isso nos leva aqui a fazer uma séria reflexão. E nós? Será que, mesmo convertidos, não temos nossos deuses escondidos? De alguma forma, não somos também cristãos superficiais e, com o nosso contratestemunho, estamos ajudando tantas outras pessoas a “negociar” sua conversão?

Escolhemos a Deus, escolhemos Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, queremos dar a nossa vida a Ele, mas lhe prestamos um culto somente com os lábios, enquanto o coração se ajoelha secretamente diante de outros deuses?

Francisco Xavier, incansável, não desistiu. Começou a catequizar as crianças para ver se, educando-as cedo, conseguiria fazer com que seguissem verdadeiramente o caminho da conversão e da santidade. 

Ele escreve em suas cartas, como apaixonado missionário, sobre a vontade que tinha de ir, pelas universidades da Europa, pegar os homens pelo colarinho e dizer: “Mas vocês sabem quantos milhares de pessoas perecem no fogo do Inferno simplesmente porque vocês, comodamente, na ‘burguesia’ de um cristianismo acomodado, não se importam em ser missionários?”

Francisco Xavier é exemplo de missionário e intercessor das missões. Mas não somente isso: é também uma provocação para que nós também sejamos missionários; missionários com a palavra, mas também com a coerência de vida, para que não prestemos culto a Deus com os lábios, enquanto o coração se ajoelha diante de ídolos secretos.

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