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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 4, 38-44)

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.

Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.

Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. E pregava nas sinagogas da Judéia.

O Senhor declara no Evangelho de hoje que a sua missão, aquilo para o qual Ele foi enviado, é pregar a Boa-Nova do Reino de Deus a toda a casa de Israel. Jesus já estivera antes, como lemos há alguns dias, na sinagoga de Nazaré, onde os seus conterrâneos se indignaram ao vê-lo proclamar, depois da leitura do profeta Isaías, que nele enfim tinha cumprimento a profecia: “O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a Boa-Nova aos humildes” (Is 61, 1). Movido pelo Espírito Santo, Jesus dá início a seu ministério público na cidade em que se criara; em seguida, rechaçado pelos seus, dirige-se a Cafarnaum, onde, como vimos ontem, o povo se admira diante dos exorcismos por Ele realizados e do poder de sua palavra. Hoje, Ele entra na casa de Simão Pedro, cura-lhe a sogra, dá saúde a muitos enfermos e, como o quisessem reter ali, revela que o Pai mandou-o pregar o Evangelho “também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. E este “para isso” a que se refere o Senhor é o mesmo “para isso” da Igreja, ou seja: esta tem por missão levar aos homens a Boa-Nova, a palavra da verdade que ilumina as inteligências que a ela se abrem e inflama as vontades dos que, uma vez convertidos, dela se enamoram. A Igreja, portanto, embora possa dedicar-se a inúmeras atividades — de serviço caritativo, de instrução escolar etc. —, tem um dever básico, irrenunciável, que a caracteriza precisamente como a instituição que, segundo as intenções de Cristo, ela é: ir pelo mundo, pregar a fé apostólica, fazer discípulos e conduzi-los, mediante a graça dos sacramentos, à glória do céu. Por isso, também nós, membros deste Corpo que é a Igreja, participamos em alguma medida deste apostolado: foi para anunciar a verdade do Evangelho que Deus nos fez cristãos; foi para que, por meio de nós, a luz da fé e a vida sobrenatural da graça chegasse “também a outras cidades”, aos que, dentro ou fora de nossas paróquias, se encontram nas trevas do erro, da ignorância, do pensamento mundano e carnal. Que Deus nos conceda a graça e a coragem de proclamar a verdade de Cristo, sempre com a doçura daquela caridade que Ele mesmo disse ser o sinal distintivo de seus genuínos discípulos (cf. Jo 13, 35).

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