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As duas formas pelas quais Deus nos fala

Há duas formas pelas quais Deus nos fala ao coração: pela desgraça, arrancando as raízes da nossa indolência, e pela pregação da Palavra, fecundando o nosso coração com o adubo da sua doutrina.

Texto do episódio
853

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 13, 1-9)

Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam.
Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”.
E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.

No Evangelho de hoje, vemos uma das formas de o Senhor intervir na história humana. Deus, com efeito, fala-nos por dois meios principais, a pregação e a desgraça. Cristo, ao referir-se à tragédia dos galileus mortos a mando de Pilatos e dos soterrados sob a Torre de Siloé, dá-nos como um “chacoalhão” a fim de prestarmos atenção ao que Ele vem tentando nos dizer.

Muitos vivem despreocupados e egoístas, voltados unicamente para os prazeres da vida, festas, bebedeiras, más amizades etc. Ora, são justamente infortúnios como a morte repentina de um “amigo”, por exemplo, que, não raro, levam o pecador a cair em si e voltar ao bom caminho. Essa é a primeira forma através da qual Deus nos fala. 

Mas nem sempre é o bastante para nos curar de nossas loucuras e da hipnose do mundo. Para tanto, é necessário prestar atenção à Palavra de Deus que está dentro de nós. Na parábola do Evangelho, um agricultor procura frutos na figueira. Não os encontrando, manda cortar a árvore. Um dos servos, porém, insiste com o patrão que a deixe mais um tempo, pois ele mesmo adubará a figueira, que então poderá dar frutos.

Essa história retrata o quão paciente conosco é o Senhor, que poderia ter-nos aniquilado há muito tempo, mas continua a ser infinitamente indulgente, sempre disposto a nos perdoar. Nossa conversão não pode ser um projeto de futuro, mas uma decisão e um esforço constante no presente.

Em síntese, Deus permite que desgraças aconteçam para que nós, uma vez despertos para a realidade, fiquemos atentos à sua Palavra. Escutemos o que Ele, sempre caridoso e amável conosco, quer nos dizer. O Senhor tem-nos dado tempo para mudarmos de vida, por isso devemos aproveitá-lo abrindo os ouvidos e, sobretudo, os corações.

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