Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 13, 47-53)
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
Celebramos hoje a memória de S. Pedro Julião Eymard, conhecido popularmente como o apóstolo da Eucaristia, devido à sua grande devoção ao SS. Sacramento do Altar. De fato, conta-se que, ainda criança, foi surpreendido pela irmã mais velha enquanto, todo cheio de Deus, rezava na igreja com o rosto apoiado no tabernáculo. Nascido no seio de uma família pobre e muito cristã, Pedro sentiu desde cedo o chamado ao sacerdócio. Com cerca de trinta anos, entra para o Instituto dos Maristas e sente lá dentro uma outra vocação, confirmada tempos mais tarde por uma inspiração divina: a de fundar uma congregação voltada para o culto eucarístico e a reparação dos sacrilégios cometidos contra o sacramento do divino Amor. Assim, no início de junho de 1863, com aprovação do Papa Pio IX, é fundada a Congregação do Santíssimo Sacramento, cuja principal missão é promover a adoração eucarística. Porque, se bem é verdade que o fim primário da reserva do Santíssimo é a administração do Viático, como atesta a prática primitiva e bimilenar da Igreja, o fato de o Senhor permanecer realmente presente sob as aparências de pão depois da Missa é um motivo mais do que suficiente para que o adoremos neste augusto mistério com verdadeiro culto de latria, rendendo-lhe as homenagens e ações de graças a que Ele tem direito por, num “excesso” de generosidade e amor, ter querido ficar conosco todos os dias, até o fim do mundo. Que, a exemplo de S. Pedro Julião, possamos também nós fazer todos os dias uma visita a Jesus sacramentado, oferecendo-lhe um pouco da nossa pobre companhia, a Ele que fez questão de prolongar e renovar diariamente sobre os nossos altares a graça do seu sacrifício redentor. — Graças e louvores se dêem a todo momento ao SS. e diviníssimo Sacramento!
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