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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 10, 24-33)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares!

Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.

Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus”.

Por ser sábado, recordamos hoje, como de costume, a Virgem SS. e, por ser também dia 13 de julho, a honramos com o título de Nossa Senhora de Fátima. Foi nesta data, no ano de 1917, que a Virgem Maria mostrou aos pastorinhos o que era o Inferno. E como pôde uma Mãe tão bondosa e cheia de graça mostrar a seus filhos algo tão pavoroso como o abismo infernal? Em primeiro lugar, é preciso lembrar que, em suas aparições anteriores, a Virgem se mostrou aos pastorinhos de braços abertos, derramando sobre eles, na forma de um raio de luz, a graça de uma mais completa purificação espiritual. Foi isso que os preparou para verem depois como as almas se precipitavam aos milhares no Inferno, quais brasas numa fornalha inextinguível. Nós sabemos, com efeito, que no processo de purificação espiritual é necessário que a alma passe pelo que S. João da Cruz chama “noite escura”, e a própria Irmã Lúcia, ao descrever o caminho de santificação de seus primos, deixou-nos registrado que foi precisamente a visão do Inferno que os purificou plenamente. Eis por que vemos em S. Francisco e S. Jacinta Marto uma santidade muito superior à de crianças normais. Quem lê as memórias da Irmã Lúcia, de fato, não podemos menos do que se emocionar ao ver o coração da pequenina Jacinta entregar-se de amor pela conversão dos pecadores; ou a alma de Francisco, transportada de amor pelo Cristo escondido na Eucaristia e decidida a reparar as ofensas feitas contra o seu SS. Coração; ou enfim a obediência dos dois em rezar quantos Terços fossem do agrado da Virgem Maria. Mas como essas duas crianças chegaram a tal fervor de caridade? Foi necessária uma purificação, que para eles consistiu, pois, na visão do Inferno, isto é, na clara percepção de que, apesar das entranhas de misericórdia de Cristo, muitos ainda se condenam e de que, consequentemente, é preciso ter um zelo ardentíssimo pelos que ainda vivem, a fim de lhes alcançar, por orações e sacrifícios, as graças de que precisam para se converter. Que a vida destes santos pastorinhos nos ponha sempre diante dos olhos o quanto desprezamos o Amor que nos ama, o quanto rejeitamos o Deus que tanto nos quer, para que, tomados de profunda inquietação, lutemos dia e noite pela nossa salvação e pela dos pobre pecadores, a quem Jesus veio salvar do fogo eterno da geena.

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