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Texto do episódio
01

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc
10, 1-12)

Naquele tempo, Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. Alguns fariseus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.

Jesus perguntou: "O que Moisés vos ordenou?" Os fariseus responderam: "Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la". Jesus então disse: "Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!"

Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. Jesus respondeu: "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".

A indissolubilidade matrimonial, proclamada por Cristo no Evangelho de hoje e sempre defendida com coragem pela Igreja Católica, é uma das notas características e essenciais do casamento. Ao criar Adão e Eva, com efeito, Deus os fez um para o outro, e não para que um tirasse proveito do outro; quis, portanto, que houvesse entre eles um vínculo de amor e comunhão que se assemelhasse, em nível propriamente humano, àquele elo estreitíssimo de caridade que une, na unidade de uma só substância, as três Pessoas da Santíssima Trindade. No entanto, como o ser humano, instigado pela serpente infernal, desobedecesse a Deus, o relacionamento entre o homem e a mulher, agora desordenado pelo pecado, passou a ser marcado pelo egoísmo, como indicam as mútuas acusações com que Adão e Eva tentam eximir-se da culpa cometida. Por isso, a fim de restituir o matrimônio à sua dignidade original, Deus foi catequizando aos poucos o seu povo eleito para que, sob a Nova Aliança, tivéssemos por meio de Cristo Crucificado a graça de viver o casamento como os nossos primeiros pais o viveram antes da Queda. Rezando hoje por todos os casais, peçamos ao Pai que, confiantes no auxílio da graça sacramental, possam os esposos amar suas mulheres como Cristo amou a Igreja e as mulheres, submeter-se a seus maridos como a Igreja mantém-se indefectivelmente obediente e fiel Àquele que por ela entregou a própria vida.

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