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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 17, 11-19)

Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram a seu encontro. Pararam à distância, e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.

Celebramos hoje a memória de São Josafá, um bispo que, com apenas 43 anos de idade, derramou o seu sangue para defender a unidade da Igreja e a fidelidade ao sucessor de Pedro.

São Josafá viveu numa região onde hoje se localizam a Polônia, a Lituânia e a Ucrânia. Naquela região, já durante alguns séculos, havia um cisma, um rompimento com a Igreja de Roma. Várias pessoas heroicamente lutaram para reatar a união com o Santo Padre, e São Josafá, profundamente católico, lutou para banir a chaga do cisma de toda a região na qual ele habitava. Então, exatamente porque ele começou a suspender e afastar os padres cismáticos, uma multidão enfurecida, após a santa Missa, invadiu a igreja e linchou o Bispo, jogando o seu corpo no rio. Entretanto, milagrosamente o seu corpo foi encontrado por um raio de luz, e hoje é venerado na Basílica de São Pedro, em Roma. 

A vida de São Josafá nos dá a ocasião de compreendermos como é importante mantermos a unidade da Igreja. E de onde vem essa realidade? Em primeiro lugar, precisamos compreender que a única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo é a Santa Igreja Católica. Por mais que tenhamos abertura ao diálogo ecumênico, nós, católicos, não podemos deixar de professar aquilo em que realmente cremos. Ora, Jesus não tem dois corpos, mas apenas um Corpo, e este é a sua Santa Igreja. Nas outras “igrejas”, podem haver “elementos” que derivam da Igreja Católica; porém, substancialmente, a Igreja de Jesus está presente unicamente na Igreja Católica. É isso que nos diz o documento “Dominus Iesus”, promulgado no ano 2000 pelo cardeal Joseph Ratzinger e aprovado pelo Papa São João Paulo II. 

E por que é tão importante defendermos a unidade da Igreja Católica? Pois, sem estarmos unidos à Igreja, não podemos viver espiritualmente. Vejamos quantos santos — mártires, doutores, missionários, leigos — esforçaram-se para preservar aquilo que Jesus verdadeiramente deixou neste mundo! Realmente, é impossível para aqueles que têm fé não lutarem para se manterem unidos à Santa Igreja Católica. 

Cristo nos diz, no Evangelho de São João, capítulo 15: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Isso quer dizer que, se o ramo — que somos nós — está separado do tronco — o Corpo de Cristo —, ele perde a seiva e está fadado à morte. Logo, a Igreja Católica não é uma realidade invisível, mas muito concreta, e existe unida ao Santo Padre, aos sucessores dos Apóstolos e à sua história de dois mil anos. 

A Igreja está presente aqui na terra, unida à Tradição de dois mil anos; no Purgatório, purificando-se e preparando a sua entrada no Céu; e no Céu, triunfante e vitoriosa, junto com São Josafá e tantos santos e santas que derramaram o seu sangue para defender a única e verdadeira Igreja de Cristo.

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