Poucos fiéis o sabem hoje em dia, mas antes da reforma litúrgica que se seguiu ao Concílio Vaticano II, foi costume durante pouco mais de um século rezar, logo após a Missa, uma série de orações ao pé do altar. O teor delas, bem como o motivo por que foram instituídas, mostram que, desde meados do séc. XIX, a Igreja tem clara consciência de estar em um combate cada vez mais acirrado contra os poderes deste mundo, contra “as forças espirituais do mal espalhadas nos ares” (Ef 6, 12), segundo a conhecida frase do Apóstolo.
A Igreja, é verdade, sempre soube de sua vocação militante, porque desde os seus primórdios ela é combatida tanto pelos homens como, sobretudo, pelos principados e potestades do inferno. Não é menos certo, porém, que ela pôde gozar de relativa tranquilidade após o término das perseguições romanas, com a consequente e progressiva cristianização da Europa e dos povos bárbaros que a foram ocupando.
No entanto, com o declínio da cristandade medieval, começaram a fervilhar, dentro e fora da Igreja, e isto com força crescente, elementos de aberta oposição ao que, até o momento, tinha ensinado e feito pelos povos a influência benéfica do...