Depois de seis aulas expondo a história e a teologia da prece composta pelo Papa Leão XIII, vamos responder às dúvidas gerais de nossos alunos sobre a origem e a espiritualidade desta oração.
1ª pergunta: São Miguel Arcanjo é príncipe das milícias celestes. De todos os nove coros angélicos (serafins, querubins, tronos, dominações, potestades, virtudes, principados, arcanjos e anjos) ou só dos três últimos?
Não vou entrar aqui no debate acerca da ordem correta dos coros e de qual seja o nome de cada um deles. Dionísio Areopagita classificava de um modo, Santo Ambrósio de outro, Santo Tomás de Aquino de outro e assim por diante. Mas podemos iniciar a resposta explicando melhor o que são, de modo geral, esses coros angélicos.
Primeiro ponto: a designação “coro dos anjos” é recente. Muito mais antiga e enraizada na história da Igreja é a noção das nove ordens. Algumas pessoas acreditam que a Igreja, observando a disposição do Sacramento da Ordem (com bispos, presbíteros e diáconos) descreveu, por analogia, a ordem dos anjos. Mas o procedimento foi justamente o contrário: a hierarquia do Sacramento da Ordem se desenvolveu como reflexo da hierarquia...