Padre Paulo Ricardo,
Nossos votos de feliz aniversário resumem-se em uma palavra: gratidão.
Na homilia de hoje, providencialmente, o senhor explica a expressão que consta desde sempre no frontispício de nossa página: Christo nihil præponere, “nada antepor a Cristo”, não colocar nada antes de Cristo… É o lema do nosso apostolado, mas é também, cada vez mais, o lema que conseguimos ver na sua própria vida.
E é uma alegria muito grande para nós, seus filhos, notar como o senhor — não sem colaborar com a graça de Deus, é claro — tem resgatado em si o “primeiro amor”, não deixando que se apague a chama da caridade em sua alma. É um alento para nós porque a tentação de desanimar sempre está à espreita dos que andamos por este vale de lágrimas… As circunstâncias da vida vão nos agitando, nos movendo muitas vezes para onde não queremos ir e quantas vezes nossa vontade não vai “adaptando” esse propósito inicial de Christo nihil præponere para acomodar um apegozinho mundano aqui, um mau hábito ali…
— O nosso pai, no entanto, permanece firme — dizemos a nós mesmos. — Seremos firmes também nós. O nosso pai não abre mão de sua fé. Por que cederíamos nós? O nosso pai não se arreda da vida de oração. Por que seríamos loucos de abandoná-la? O nosso pai não desiste de Deus. Por que nós desistiríamos?
Se o senhor corre em direção à santidade, padre, também nós queremos apressar o passo e fazer-lhe companhia!
Nós sabemos bem, padre, que “maldito é o homem que confia no homem”. Maledictus homo qui confidit in homine. Mas não creio que se possam recriminar os filhos por se apoiarem no seu pai. Em uma sociedade que parece ter perdido por completo a sua referência de paternidade, Deus nos agraciou com o senhor e nós, por nossa vez, só o que queremos é agradecer a Ele… por não nos haver deixado órfãos.
Que Deus o conserve no caminho da santidade, padre, e que a sua fidelidade e perseverança continuem a inspirar também a nossa.
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