Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 14, 1-12)
Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. Ele disse a seus servidores: "É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele".
De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Pois João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido tê-la como esposa". Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. Instigada pela mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista". O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
Celebramos neste primeiro sábado do mês de agosto a festa da dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, sob cujo altar-mor se encontra uma relíquia da manjedoura em que teria nascido o Menino Jesus — Deus que se fez carne e se dignou apequenar-se, assumindo a condição de uma criança pobre e frágil, a fim de que tivéssemos a confiança de aproximar-nos dEle. Eis porque é tão salutar a devoção ao divino Infante, já que por ela aprendemos não só a ter doces afetos pelo Senhor, mas também a tratá-lO com simplicidade e ternura, como a um Amigo que, embora infinitamente superior a nós, não recusa fazer-se pequeno para estar conosco (cf. Mt 1, 23; Is 7, 14). Esta devoção é ainda mais proveitosa na medida em que nos permite recordar que Jesus, desde o primeiro instante de sua concepção no ventre puríssimo de Maria, pensava em cada um de nós, amando-nos com um amor singular e infinito. De fato, aquela Criança que contemplamos deitada no estábulo de Belém não é um ser inconsciente, desentendido de tudo quanto O rodeia; é, pelo contrário, o próprio Verbo encarnado, cuja alma esteve sempre desperta e pronta para entregar-se àqueles cuja salvação viera operar.
Aproveitemos, pois, este primeiro sábado do mês para correspondermos com mais generosidade à caridade de Nosso Senhor. Ao fazermos hoje nossa comunhão reparadora, dirijamos à Virgem bendita esta doce oração: "Ó Maria, Virgem e Mãe Santíssima, eis que recebi o vosso amadíssimo Filho, a quem concebestes no vosso seio imaculado, criastes e alimentastes em vosso peito, e abraçastes amorosamente. Eis que vos apresento e ofereço com amor e humildade Aquele que vos alegrava contemplar e que vos enchia de delícias, para que O aperteis em vossos braços, O ameis em vosso coração e O ofereçais em supremo culto de adoração à Santíssima Trindade, para vossa honra e glória e pelas minhas necessidades e pelas de todo o mundo. Suplico-vos, piedosíssima Mãe, que me alcanceis o perdão de todos os meus pecados e graça abundante para servir o Senhor desde agora com maior fidelidade; e por último a graça da perseverança final, para que possa louvá-lO convosco pelos séculos dos séculos. Amém."
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