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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt
11, 25-27)

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".

O Evangelho desta quarta-feira apresenta-nos o Senhor a louvar o Pai, que se dignou esconder "estas coisas" — ou seja, a verdade da Encarnação — "aos sábios e entendidos" e as revelou "aos pequeninos". Os primeiros representam os soberbos, os que se enfatuam da própria sabedoria e prudência mundana; os segundos, os humildes, os que sabem que Deus está acima de todo entendimento. Um detalhe chamativo dessa oração de Nosso Senhor encontra-se no versículo que afirma que "ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar". Esta passagem nos traz prontamente à memória o prólogo do Evangelho segundo São João, em que o discípulo amado aponta para o fato de que é apenas em Jesus Cristo que podemos conhecer quem e como é o Pai, pois "ninguém jamais viu a Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem O revelou" (Jo 1, 18).

Ora, Jesus Cristo, que quer revelar-nos também a nós os segredos do amor e da intimidade de Deus, espera que Lhe correspondamos com um coração, não de sábios e entendidos, mas de pequeninos, como se fôramos outro São João, que não receia reclinar-se ao peito do Senhor (cf. Jo 13, 23). E um modo prático de o fazer é receber a Cristo sacramentado com piedade e, se possível, todos os dias; visitá-lO no sacrário e adorá-lO no Santíssimo; venerar-Lhe o Sacratíssimo Coração; pedir-Lhe ao longo do dia a graça de nos tornarmos seus amigos íntimos, de conhecermos os batidas de amor do seu Coração Eucarístico. Como Ele se entregou a nós, também nós nos doemos a Ele, dedicando-Lhe o nosso tempo e dirigindo-Lhe os nossos melhores afetos, para que Ele, vendo o amor que Lhe temos, dirija ao Pai aquela mesma oração de louvor: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra!" — Doce coração de Jesus, sede o nosso amor!

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