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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 21,20-28)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras.

Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”.

A Igreja celebra hoje a memória de Santo André Dung-Lac e seus companheiros mártires, assassinados por fidelidade a Cristo em meados do século XIX na Indochina, no atual território do Vietnã. Entre esses heróis da fé —117 ao todo — contava-se João Teófanes Venard, missionário francês cujo testemunho de constância e alegria, durante as perseguições do imperador Tu-Duc, tiveram grande impacto na vida de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Nascido em Poitiers em 1829 e ordenado presbítero em 1852, Teófanes partiu para o Vietnã neste mesmo ano, ciente da cruel perseguição que naquelas terras se abatia sobre os servidores do Evangelho.

Apesar da santa prudência com que buscou difundir a mensagem cristã, Teófanes acabou capturado aos 30 de novembro de 1860, dia de Santo André. Encarcerado em uma jaula feita de paus de bambú, Teófanes aproveitou seus últimos momentos para acrisolar, na paciência e na docilidade ante seus inimigos, o ardente amor a Cristo que o levara àquelas terras pagãs.

Suas cartas, escritas na prisão como muitas de São Paulo, logo ecoaram na França, causando tal espanto e admiração entre os fiéis que um bispo chegou a dizer que, na prisão, Venard mantinha o coração alegre como um passarinho engaiolado. O jovem sacerdote esperou ardentemente a hora do martírio.

Foi no dia 2 de fevereiro de 1861, quando ele contava pouco mais de 30 anos, que o algoz que o iria decapitar, vendo suas roupas e interessado em tomá-las para si, perguntou-lhe: “O que me darás para que te mate o mais rápido possível e sem sofrimento?” O jovem mártir respondeu: “O quê? Não! Quanto mais longo o suplício, melhor”, pois sabia muito bem que era por Cristo, nosso pacientíssimo Salvador, que ele haveria de sofrer.

Vendo já abertas as portas do paraíso, Teófanes não teve medo de erguer a cabeça, dispondo-a para ser arrancada pelo carrasco, a fim de receber no Céu o prêmio de sua coragem e o descanso merecidos aos que trabalham na vinha do Senhor.

Confiando-nos hoje às preces de São João Teófanes Venard, peçamos a Deus que nos conceda a graça de, mantendo-nos alegres em meio às provações, perseverarmos até o fim na fé com que Ele tão bondosamente nos arrancou das trevas do erro e da ignorância.

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