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Cremos em Cristo crucificado?

Naquele tempo, todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 9, 43b-45)

Naquele tempo, todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. Mas os discípulos não compreenderam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

Temos no Evangelho de hoje o segundo anúncio da Paixão, e o evangelista S. Lucas, pelas palavras que põe na boca de Nosso Senhor, nos faz notar a diferença que há entre crer em Cristo e ser cristão. Após ouvir de S. Pedro, em nome de todo o colégio apostólico, a profissão de fé em sua divindade, revela Jesus que dali a pouco tempo, sendo Deus onipotente e imortal, será entregue para ser morto nas mãos dos homens. Mas o Senhor não o diz como se fora um ponto mais da sua doutrina, senão que pede aos discípulos que o escutem com a máxima atenção: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer”. O original grego enfatiza ainda mais esse apelo de Cristo: “Θέσθε ὑμεῖς εἰς τὰ ὦτα ὑμῶν τοὺς λόγους τούτους”, isto é: “Metei bem dentro dos vossos ouvidos estas palavras”, porque há verdades do Evangelho, como a Paixão, e exigências da vida cristã, como a cruz de cada um, que preferíramos não crer nem praticar. Como os Apóstolos, cremos em Cristo; mas, como eles, queremos um Cristo sem cruz e um cristianismo sem corpo. Como Pedro e os outros onze, somos cristãos de palavra, mas não ainda de coração, pois a fé que não dói, como é a de confessar a Cristo como Deus, não é lá muito difícil de praticar; mas “a fé que se não pode praticar sem dor”, como é a de crer num Deus crucificado para com Ele nos crucificarmos, “é muito dificultosa de admitir” (Pe. Antônio Vieira, Serm. da Quinta Dominga da Quaresma, de 1651, §5). Pode até ser, e é verdade, que a fé com que cremos em Cristo nos mande crer também em sua Paixão, mas essa fé, se é suficiente para nos fazer crentes, não é contudo o bastante para nos fazer cristãos: porque, além de crermos em sua Paixão, quer o Senhor que mortifiquemos as nossas: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24), e por isso diz aos Apóstolos: “Metei bem dentro dos vossos ouvidos estas palavras”, isto é: “Não vos limiteis a ouvi-las; antes, recebei-as de tal modo que as possais viver, por mais dolorosas que sejam. É bom que creiais em mim, como Deus e Senhor, mas para isto vos basta um só ato sobrenatural, e o que eu quero dos meus discípulos é que façam muitos, contra a sua natureza e o seu orgulho, porque se é fácil, para crer em mim, vencer uma vez o entendimento, é muito difícil, para ser cristão, vencer continuamente a própria vontade”. Que prestemos hoje bastante atenção e metamos bem dentro dos ouvidos o anúncio que nos faz o Senhor: O “Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. E que a fé com que cremos na crucifixão do Senhor nos leve, como a cristãos de verdade, a tomarmos nós a nossa cruz às costas, com os olhos fixos na promessa: “Aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la” (Mt 16, 25).

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