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Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo
16, 12-15)

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: "Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.

Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu".

Espírito da Verdade, τὸ πνεῦμα τῆς ἀληθείας. É com mais este glorioso nome que o Senhor chama hoje o seu Espírito Santo: Ele será enviado, diz Jesus, porque os discípulos ainda não são capazes de compreender as coisas que têm ouvido do Mestre. Cristo, com efeito, vem semeando a Boa-nova, mas poucos são os que a vão colhendo. Como diz o salmista, porém, "os que semeiam em lágrimas segarão com alegria (Sl 125, 5). Virá, pois, o Espírito Santo para fazer germinar aquelas verdades que o Senhor plantara no coração dos que O ouviram: "Ele vos conduzirá à plena verdade. Pois Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido". Para compreendermos em que consiste esta atividade do Espírito que nos leva à verdade, vejamos o que sucede em uma alma que começou a aproximar-se de Deus.

Nas quatro primeiras moradas, explica-nos St.ª Teresa d'Ávila, a nossa alma é, de purificação em purificação, preparada no amor para o conhecimento de Deus; é somente na quinta morada que, incendida de caridade, lhe é dado contemplar a verdade. Depois de "treinada" no amor, perseverante e generoso, a alma vive, então, o seu "pequeno Pentecostes". Para recebermos, pois, o Espírito da Verdade é preciso recebermos, antes de mais, o Espírito do Amor: "não sois capazes de as compreender agora", isto é, não Me amais ainda o suficiente para compreenderem o que lhes tenho dito. Roguemos ao Senhor que nos exercite sem descanso no seu amor: amemo-lO, sim, com ardor sempre crescente, a fim de um dia, segundo a sua misericórdia, O podermos contemplar face a face.

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