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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 6, 35-40)

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.

Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

A Eucaristia não foi instituída nem para ser um ritual de partilha fraterna, como pensam alguns, nem para ser objeto de um preciosismo rubricista, como tendem a tratá-la outros. É verdade que há na Eucaristia partilha fraterna, e tampouco há dúvida de que as rubricas da Missa, tal como a Igreja as codificou e vem celebrando ao longo dos séculos, devem ser observadas fielmente. Mas uma e outra coisa só são bem vividas quando se vive bem o fim para o qual o Senhor instituiu a Eucaristia: “Eu sou o pão da vida”, isto é, para nos comunicar a vida da graça, princípio de vida eterna e penhor da ressurreição futura. É por isso que no mesmo sermão em que Cristo fala do sacramento de seu Corpo e Sangue encontramos, como num tratado escatológico em miniatura, menções claras à finalidade redentora da Encarnação: “Eu desci do céu”, assumindo em unidade de pessoa uma natureza humana, a fim de cumprir “a vontade daquele que me enviou”, isto é, de Deus Pai, que não quer que se “perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas os ressuscite no último dia”. Por isso, toda a pessoa que ver o Filho, não com os olhos da carne, mas com os da , e nEle crer terá a vida eterna e, por virtude do santíssimo sacramento, ressuscitará no último dia. Para que em nossas Missas haja, pois, partilha sincera, entre irmãos em graça, e para que a nossa fidelidade aos rituais da Igreja dê verdadeiros frutos de santidade, aproximemo-nos da Eucaristia, tão-logo for possível, com temor e reverência, conscientes de que nela, se a recebemos com as devidas disposições, temos o remédio contra a morte eterna, o verdadeiro mal de que o Filho de Deus nos quis livrar ao descer do céu, fazendo-se homem, e aos nossos altares, fazendo-se alimento.

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