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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 7, 24-30)

Naquele tempo, Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.

Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.

A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.

Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

Com grande alegria, celebramos hoje a memória da aparição da Virgem SS. em Lourdes, na França. O bem-aventurado Papa Pio IX tinha acabado de proclamar a Imaculada Conceição, e os Céus, confirmando o dogma, mandaram a própria Mãe de Deus aparecer em uma pobre gruta, que antes fora usada para apascentar porcos, a uma pobre pastorinha: “Eu sou a Imaculada Conceição”. A mensagem de Lourdes é muito simples. Enquanto as outras aparições de Nossa Senhora trazem mensagens mais difíceis de interpretar ou, por assim assim, um pouco inalcançáveis para as pessoas, a de Lourdes é um acontecimento para os humildes: Nossa Senhora aparece à pequena Bernadette Soubirous e diz: “Eu não te prometo felicidade aqui na Terra, mas irei te dar a felicidade no céu”. Essa promessa de Nossa Senhora é quase redundante, “supérflua”. Por quê? Porque a própria Bernadette dizia: “Uma vez que se viu Nossa Senhora, não há mais nada que atraia aqui na Terra. A única coisa que se quer é morrer para poder vê-la de novo no céu”. Ou seja: no céu, temos aquilo que nos dará plena felicidade. Nós, que não recebemos a graça de ver Nossa Senhora, podemos no entanto viver esse mistério na fé, sabendo, pelo testemunho dos santos e pelo que o próprio Cristo nos disse, que Deus prometeu preparar-nos um lugar, isto é, a felicidade eterna: “Vinde, eleitos, para a felicidade”! Nós sabemos, pela fé, que será assim; portanto, não devemos deixar-nos seduzir pelas belezas deste mundo, tão passageiras e caducas. Nossa Senhora veio nos visitar e trazer a beleza do céu. Ela não teve “nojo” de vir entre nós, pecadores que somos. Ela veio a uma velha gruta, a um lugar onde antes se apascentavam porcos, à nossa sujeira, para fazer brotar água límpida e cristalina, como se dissesse: “Vede: no meio da sujeira, surge a água límpida do Batismo”, o sacramento que nos abre a porta do céu. Vivamos concretamente a vida da Igreja, a vida, antes de tudo, dos sacramentos, renovando nossas promessas batismais, confessando-nos direito, comungando bem. Por meio disso, mantenhamos sempre os olhos voltados para o céu. Uma das coisas que mais desanimam as pessoas que estão na caminhada da fé e têm vida sacramental regular é exatamente o fato de, em meio às dificuldades deste mundo, acabarem se distraindo e esquecendo do céu. Sim, é preciso sempre, no confessionário, na direção espiritual, nas pregações etc., recordar-se e recordar-se, quase “a marteladas”, do céu! Celebrar a grande aparição de Nossa Senhora em Lourdes é recordar a felicidade do céu: a Virgem Maria, a Imaculada, veio visitar-nos! Enchamos pois o coração de esperança celeste! Não tem sido boa nossa vida aqui embaixo, com tantas dificuldades? Temos reveses? A cruz está pesando? Então não há problema: Nossa Senhora está conosco! Corações ao alto, voltados para o céu, cantando com alegria: “Com minha Mãe estarei na santa glória um dia: no céu triunfarei”!

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