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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 6, 53-56)

Naquele tempo, tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

Hoje, celebramos a memória de Santa Escolástica, virgem contemplativa e irmã de São Bento, o grande fundador do monaquismo ocidental. Sobre a vida de Santa Escolástica, as poucas informações que temos foram narradas por São Gregório Magno, em seus Diálogos, ao falar sobre a vida de São Bento. Nesse relato, Escolástica é descrita por Gregório Magno como uma jovem que, desde a mais tenra idade, sempre foi consagrada ao Senhor. Daí pode vir o sentido de seu nome, como aquela que se consagrou à escola do Senhor. Depois que São Bento iniciou sua vida cenobítica em Monte Cassino, Santa Escolástica também se estabeleceu nessa região como monja. Gregório Magno relata que, nessa ocasião, São Bento foi visitar sua irmã, conforme fazia uma vez ao ano. Durante a visita, os dois entreteram-se em colóquios espirituais e compartilharam suas reflexões sobre as verdades sobrenaturais. Ao final do dia, São Bento, em obediência à própria regra que proibia de passar a noite fora do mosteiro, despediu-se de sua irmã. Ela, porém, pediu que ele permanecesse. De forma resoluta, ele se negou e tentou ir embora. No entanto, Escolástica começou a chorar copiosamente, e suas lágrimas foram seguidas por uma tempestade muito forte e inusitada que impediu seu irmão de ir embora. São Bento ainda tentou reprovar a atitude da irmã. Ao que ela respondeu com simplicidade de coração: “Eu pedi a ti e me negaste; eu pedi ao meu Deus e Ele me ouviu”. Assim, o irmão permaneceu e ambos passaram a noite em santos colóquios. Três dias depois, no mosteiro, São Bento olhou para o alto e viu a alma de Escolástica subindo aos céus em forma de pomba. A partir desse relato, São Gregório conclui: “Como diz São João evangelista, ‘Deus é amor’ e, embora Bento fosse um grande santo, Deus ouviu a oração de Escolástica, porque com justíssima razão, teve mais poder aquela que mais amou.” Para nossa vida de oração, é de grande valia tal ensinamento de que a oração possui maior eficácia quando movida por um coração cheio de caridade. Que Santa Escolástica nos ensine a cultivar esse amor em nossos corações, a fim de que contribuamos para o transbordamento da caridade divina sobre este mundo.

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