Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 6, 7-13)
Naquele tempo, Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!” Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
Ao celebrar hoje a memória de São Paulo Miki e seus companheiros mártires, assassinados no Japão no séc. XVI, a Igreja proclama o trecho do Evangelho de São Marcos em que Jesus envia os Apóstolos em missão, dois a dois. Nessa narrativa, está posta claramente a missionariedade da Igreja, que, ao longo de séculos, levou milhares de homens e mulheres a deixarem tudo para levar, aos confins do mundo, a boa-nova de que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador. Hoje, porém, vemos inúmeras pessoas contaminadas por um indiferentismo religioso, que possui como principal premissa a falácia de que “o importante é crer em alguma coisa”. Graças a Deus, nossos antepassados não pensavam assim, e por isso recebemos o anúncio do Evangelho e fomos batizados, podendo assim buscar a salvação, que só é alcançada por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo fazendo inúmeros contorcionismos interpretativos, o indiferentismo religioso esbarra na “incômoda” realidade de que, durante dois mil anos, milhares de mártires, como São Paulo Miki e seus companheiros, derramaram o seu sangue por amor a Jesus Cristo. Alguns deram a vida para salvar os outros e convertê-los ao Evangelho; outros, já convertidos, morreram para não abandonar a fé e perder a salvação. São Paulo Miki e seus companheiros poderiam ter se conformado com “crer em qualquer coisa”, mas escolheram ser fiéis a Jesus Cristo até às últimas consequências. Que esses santos mártires intercedam por nós, a fim de que, recebendo a graça de Deus, saibamos também nós dar a vida pela verdade, que é Cristo.
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