Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 15, 26–16,4a)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.
E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. Eu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.
No Evangelho de hoje, Jesus começa a falar do Paráclito, o Espírito Santo, e os nossos olhos se voltam à realidade de que, a partir da Ascensão de Jesus, começará a preparação para a grande Solenidade de Pentecostes.
O que significa a palavra “Paráclito”? Se quisermos realmente entender o que quer dizer esse título dado ao Espírito Santo, precisamos antes olhar para os textos bíblicos. Houve várias tentativas de interpretação desse termo a partir da etimologia. Alguns chamam o Espírito Santo de “Consolador”, porque paraklein, em grego, significa exatamente isso. Outros interpretam “Paráclito” através do uso jurídico dessa palavra no mundo forense grego e romano: “Advogado”. Tantas tentativas fazem com que as pessoas discutam entre si e que vários estudiosos se perguntem: “Afinal, ‘paráclito’ quer dizer ‘advogado’ ou ‘consolador’?”
Para resolvermos essa questão, precisamos entender que o autor bíblico tirou “Paráclito” do significado que está no mundo, mas não é no mundo que iremos encontrar o conteúdo dessa realidade. Só descobrimos a função do Espírito Santo como Paráclito olhando para o Evangelho, no qual percebemos algo intrigante: as duas realidades, tanto de advogado como de consolador, estão presentes.
Vemos, no Evangelho de hoje, que Jesus está em um clima de despedida, pois sabe que em breve morrerá, e iremos observar ao longo dos Evangelhos desta semana que todos estarão tristes: os discípulos vão perder Jesus, que até então era a consolação deles, o seu Paráclito. Por isso, Ele diz: “Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim”, prometendo Alguém que é consolador e não deixando dúvidas de que a palavra “Paráclito” pode ser traduzida com esse sentido.
Contudo, ao mesmo tempo, Jesus sabe que Ele vai deixar o mundo e que os seus discípulos serão perseguidos. Então, ao dizer: “Expulsar-vos-ão das sinagogas”, significa que, como qualquer pessoa que vai para um tribunal, eles terão um Advogado, um Defensor que lhes recordará a Verdade e dirá o que eles precisam fazer para a sua defesa. Porém, o êxito deste juízo contra os cristãos não será humanamente positivo, e novamente os discípulos vão precisar de um Consolador, porque também eles irão sofrer com o martírio, sendo crucificados.
Portanto, Aquele que nos ajuda em nossa luta como Defensor, é também Aquele que, no meio da tribulação e da provação, vai nos dando a força interior da consolação. Que o Espírito Santo, Paráclito, Consolador e Defensor, venha e encha a nossa alma da sua presença, dando-nos as graças necessárias para, um dia, alcançarmos o Céu.
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Amém!
Aquele que nos ajuda em nossa luta como Defensor, é também Aquele que, no meio da tribulação e da provação, vai nos dando a força interior da consolação. Que o Espírito Santo, Paráclito, Consolador e Defensor, venha e encha a nossa alma da sua presença, dando-nos as graças necessárias para, um dia, alcançarmos o Céu.
Amém!
Que o Espírito Santo, Paráclito, Consolador e Defensor, venha e encha a nossa alma da sua presença, dando-nos as graças necessárias para, um dia, alcançarmos o Céu.🙏
Sempre fico na expectativa da solenidade de pentecostes. Acho linda a sequência da liturgia cantada nesse dia.
amém!
O Paráclito, que nos defenderá e nos consolará, no Caminho para a Vida.