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Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
(Jo 15, 18-21)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.

Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.

Estamos refletindo sobre as várias aparições de Nossa Senhora e chegamos ao momento central, que é a grande aparição do dia 13 de julho de 1917. Foi nessa aparição que Nossa Senhora revelou o que é conhecido como “o segredo de Fátima”, dividido em três partes. Chama-se “segredo” porque não foi revelado imediatamente, senão que foram necessários alguns anos para que tivéssemos acesso ao conteúdo todo do que Nossa Senhora revelou aos pastorinhos. Recapitulemos o que Nossa Senhora fez com eles até agora. No dia 13 de maio, Maria apareceu e perguntou-lhes se queriam oferecer-se a Deus. Foi o grande convite de Deus para a santidade. Depois, no dia 13 de junho, dia de S. Antônio, ela apareceu novamente e os fez ter uma experiência ainda mais profunda do amor de Deus refletido no seu Imaculado Coração. Foi a luz divina que os envolveu, preparando-os para a sua grande missão. A santidade não brota das pedras, não vem do nada, mas apenas de Deus. É necessário entender que ser santo é amar a Deus com o amor que Ele mesmo nos quer dar. É preciso primeiro receber esse amor, para só então poder dá-lo de volta a Deus de volta. Feito isso, Maria quer agora que os pastorinhos entrem de cheio nesse amor. Como? “Vós, pequenas crianças, precisais agora participar na salvação da humanidade”. Esse é o grande desafio que está posto aqui, no dia 13 de julho de 1917. Nossa Senhora irá revelar o segredo, e o grande segredo de Fátima se poderia reduzir numa fórmula bem simples: “Vós sois pequenos e impotentes; mas, com a ajuda do meu Imaculado Coração, podeis mudar a história da humanidade”. Nada mais, nada menos. Nossa Senhora apareceu a três crianças de 10, 9 e 7 anos de idade, para lhes dizer: “Vós mudareis a história do século XX” — e a do XXI —, “vós mudareis o desfecho da história da humanidade”. Como isso vai acontecer? Vejamos por partes. Qual foi a primeira coisa que Nossa Senhora disse então aos pastorinhos? Que nós devemos sacrificar-nos. Ouçamos as exatas palavras de Nossa Senhora: “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial quando fizerdes algum sacrifício”, e então Maria ensina o que temos de dizer na hora do sacrifício: “Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. Ela então abriu as mãos de novo e, dessa vez, o reflexo da luz foi em direção à terra, e os pastorinhos finalmente viram o inferno: “Mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo caindo por todos os lados, semelhantes ao cair das fagulhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas asquerosas e espantosas de animais pavorosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Essa vista foi um momento. Graças à nossa boa Mãe do céu, que, antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o céu na primeira aparição; se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora, que nos disse com bondade e tristeza: ‘Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração’.”. Detenhamo-nos um pouco nesse ponto. Infelizmente, existe hoje uma mentalidade para a qual, se uma pessoa pregar o Evangelho, ela não deve falar do inferno porque “Deus é amor e não condena ninguém”. Criou-se uma espécie de ideologia contrária à mensagem de Fátima. Afinal, se estamos convencidos de que Deus, por ser amor, não condena ninguém, e Fátima mostra o inferno, então certamente Fátima prega um Deus “diferente” do Deus do Evangelho. Sucede, porém, o seguinte: trata-se de uma ideologia ou, antes, de uma mentira demoníaca! O Deus de amor encarnou-se, isto é, fez-se homem e morreu na cruz por nós, para nos livrar do inferno! Quem quer que leia os Evangelhos com honestidade se dará conta disto. Jesus mesmo fala dezenas de vezes do inferno, da condenação, da morte eterna, da perdição, e de que Ele dará sua vida em resgate, a fim de que sejamos salvos da perdição. Ora, isso é um ato de amor, de suma caridade. É o amor de Deus para conosco. Como é possível que tantos distorçam esse grande ato de amor, transformando na imagem de um Deus “justiceiro e sanguinário”? Muito pelo contrário. São os nossos pecados que nos levam para o inferno. O que Deus fez foi entregar-se na cruz para nos merecer as graças da salvação. No entanto, não podemos ser salvos se não temos sequer conhecimento do perigo que estamos correndo! Ora, é uma grande caridade nos avise. Que manifesta mais amor: quem vê um amigo prestes a tomar veneno e lhe diz: “Pare! Não faça isso! Você vai morrer!”, ou quem lava as mãos, dizendo: “Ah, não se preocupe. Veneno não existe. Pode beber que é saboroso”. O primeiro tem caridade, o segundo não, e é como este que agem muitas pessoas, quando não pregam sobre o inferno. O pecado é o veneno que leva as almas ao inferno. Deus disse a Adão e Eva: “Não comais deste fruto, senão morrereis”. Ora, a morte da alma é eterna, é o inferno. “Não comais deste fruto, senão morrereis”, era a caridade divina alertando os primeiros pais! Não, Nossa Senhora de Fátima não é “terrorista”, mas Mãe bondosa, vinda do céu para mostrar aos pastorinhos o inferno. Porque ela é muito boa e quer o nosso bem. Somos nós, muitas vezes, que não queremos o nosso bem, somos nós que queremos continuar tomando veneno, condenando-nos a nós mesmos ao fogo eterno. Não, não existe ato mais bondoso e amoroso do que esse: mostrar às pessoas que, caso se obstinem no pecado, estarão perdidas. Hoje em dia, infelizmente, a ideologia mentirosa do demônio meteu-se na cabeça de muita gente: “Falar do inferno é ruim, é ‘terrorismo espiritual’. Não é assim que as pessoas se convertem. É preciso primeiro falar do amor de Deus…”. Lembremos as duas primeiras aparições. Nossa Senhora mostrou o inferno logo na primeira aparição? Não, pelo contrário, Nossa Senhora apareceu e, na primeira aparição, fez um convite para que as crianças realmente amassem a Deus. No final da mesma aparição e depois, na segunda aparição, ela mesma lhes comunicou esse amor, sem o que não poderia amar a Deus de volta. Foi só então que Nossa Senhora lhes mostrou o inferno. Por quê? Porque é só pela caridade divina que podemos oferecer-nos a Deus para a salvação dos pecadores. A Virgem SS. quer isso e o quer tão intensamente, que ela ensinou em Fátima uma oração a ser repetida todas as vezes que rezarmos o santo Terço. No final de cada dezena, dizemos aquela revelada por Nossa Senhora: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno” — a realidade do inferno é central em Fátima —, “levai as almas todas para o céu” — trata-se de rezar pela conversão dos pecadores — “e socorrei principalmente aquelas que mais precisarem” — são almas necessitadas do auxílio de Deus, tanto as deste mundo quanto as do purgatório. É importantíssimo esse ato de caridade, ver que a humanidade está precipitando-se no inferno. Não é brincadeira. Cristo não veio do céu, se encarnou e morreu na cruz por “divertimento” ou “esporte”. Jesus morreu na cruz porque somente o seu sacrifício de amor extremo poderia livrar-nos da condenação terrível do inferno. Deus, cheio de amor e bondade, se fez homem, assumiu sobre si as nossas culpas para que nós, se quisermos, não caiamos no inferno. E agora? Como devemos reagir? Primeiro, convertendo-nos: “Livrai-nos do fogo do inferno”, obedecendo aos Mandamentos, amando nossos irmãos, rezando e oferecendo sacrifícios pelos pobres pecadores, a fim de os salvar. É necessário, por ser caridade — amor, bondade! — lembrar os outros, e sobretudo a nós mesmos, a triste realidade do inferno. Deus de amor quer-nos salvar dessa miséria.

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