Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 7,6.12-14)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com o pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!
É com grande alegria que comemoramos hoje o Padroeiro da juventude e dos estudantes, São Luís Gonzaga. Herdeiro de nobre linhagem, Luís cresceu em meio à atmosfera corrupta da Renascença: artimanhas políticas, assassinatos, adultérios, prostituição, sodomia — eis, entre outras tantas, as pragas morais que tornavam pesado e malsão o ar de Castiglione delle Stiviere, comuna lombarda em que o jovem santo providencialmente nasceu. Com apenas sete anos, decidiu romper com a mentalidade mundana de que se via rodeado. Obrigando-se ainda menino a guardar perpétua virgindade, Gonzaga frustrou as expectativas paternas ao decidir ingressar na Companhia de Jesus, fundada décadas antes por Santo Inácio de Loyola.
Enviado a Roma em 1590 para continuar os estudos, Luís deparou com uma cidade devastada não só pela corrupção dos costumes, mas sobretudo pelo alastramento de uma peste em virtude da qual veio a morrer pouco depois. Apesar do perigo de contágio, trabalhou incansável no cuidado de doentes e moribundos. Expondo a própria saúde em favor da salvação das almas, Luís entrou na pátria bem-aventurada em junho de 1591, com apenas 23 anos, após uma vida de total entrega a Deus, aos irmãos e ao martírio diário por guardar íntegra e inviolada a santa pureza.
Declarado Padroeiro da juventude em dezembro de 1726 por Bento XIII, São Luís Gonzaga é modelo para todo jovem cristão de que é possível, por um lado, viver de forma exemplar as virtudes morais, sem se deixar corromper pelo mundo, e, por outro, devotar-se ao serviço aos irmãos sem se enclausurar numa “torre de marfim”. Roguemos a Deus que, assim como fez a São Luís Gonzaga, se digne enriquecer com a angélica virtude da castidade todos os jovens da santa Madre Igreja. Peçamos também a Maria Santíssima, Virgem das virgens, que, preservando-a na prática dos bons costumes, afaste da juventude cristã todos os crimes contra a castidade e o pudor.
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