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História da Igreja Medieval

Para entender o Renascimento

Pior que o paganismo de quem não conhece a Deus é tornar-se pagão depois de ter conhecido a verdade de Cristo, como um cão que volta ao próprio vômito ou uma porca que torna a revolver-se na lama.

Nesta e penúltima aula de nosso curso de História da Igreja Medieval, conheça os fatos históricos que culminaram no Renascimento. Por que foi a Itália o berço desse movimento? Como a cultura e a educação pagãs voltaram a florescer em plena civilização cristã?

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Depois de examinar as consequências civilizacionais da epidemia de peste bubônica que eliminou mais de um terço da população da Europa, cabe tratar, nesta aula, outras razões que levaram ao surgimento da Renascença – causas que ajudam a entender a própria natureza desse movimento sociocultural.

A primeira delas é uma particular organização política que se deu na região norte da Itália, durante a Baixa Idade Média.

Neste período, o território hoje correspondente à Itália encontrava-se dividido em três regiões independentes: no sul, estava o Reino de Nápoles, que acabou sendo anexado ao governo espanhol; no centro, os Estados Pontifícios, governados pelo Papa; e, ao norte, uma porção de principados – os quais, teoricamente, pertenciam ao Sacro Império Romano-Germânico, mas, na prática, gozavam de uma autonomia peculiar em relação ao resto do Império.

Geograficamente isoladas, pelos Alpes, e economicamente autossuficientes, graças a um comércio cada vez mais frequente com o Oriente, os príncipes dessa região detinham um poder político absoluto em relação a seus habitantes. A sua autoridade, porém, não estava baseada na sucessão hereditária ou na eleição...

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