Marcando a passagem da Idade Antiga para a Idade Média, a invasão do Império Romano pelos bárbaros – que ainda Santo Agostinho presenciou, ao ver a cidade de Hipona sitiada pelos vândalos – se deu principalmente pela ação cruel e ambiciosa dos hunos. Esse povo que vivia na Ásia Central, famoso por seus combates a cavalo, marchou rumo a Oeste, massacrando populações, punindo seus desafetos com a cruel prática do empalamento e alardeando o terror. Ao contrário dos demais povos bárbaros, eles eram nômades e viajavam não para dominar, senão para saquear os povoados por onde passavam. As notícias de suas incursões fizeram as populações que viviam no oeste da Ásia migrar para a Europa, o que culminou na invasão do Império Romano do Ocidente.
Roma não resistiu aos ataques dos bárbaros porque estava tomada pela corrupção dos costumes. O Império já não era mais formado por tropas destemidas e organizadas, mas por pessoas entregues aos prazeres da comida, da bebida e da luxúria. Não foi, pois, muito difícil para os povos estrangeiros vencerem aquela corja dissoluta e se fixarem na Europa, que se foi descristianizando completamente.
Os cristãos não perderam os seus...