Como visto na última aula, os primeiros cruzados conseguiram tomar Jerusalém das mãos dos muçulmanos. Terminada a investida, porém, os latinos que permaneceram no Oriente se encontravam em uma situação difícil geopoliticamente, pois os Estados Cruzados – chamados também de Outremer ("Ultramar") – estavam, por todos os lados, cercados de povos islâmicos. Nesta condição – tentando governar um povo indócil e sendo constantemente pressionado por fora –, era realmente muito complicado manter a ordem política.
Por isso, em resposta ao pedido de ajuda dos povos latinos no Oriente, um grupo de cavaleiros oferece-se ao Rei Balduíno II de Jerusalém, disposto a ir à Terra Santa e cuidar dos peregrinos e dos Lugares Sagrados. Uma característica, porém, os distingue dos combatentes comuns: os Templários – como seriam chamados mais tarde – queriam, ao mesmo tempo, viver a profissão dos votos religiosos de pobreza, castidade e obediência.
Mesmo com a aparente contradição do que se dispunham a fazer, o Rei viu a conveniência de sua ajuda e deu a sua aprovação ao intento dos cavaleiros. Com o aval do Papa Honório II uns anos mais tarde, o líder do grupo, Hugo de Payens, percorre...