É farto o material a respeito das Cruzadas. São duzentos anos de história, envolvendo múltiplos eventos diferentes. Não bastasse isso, trata-se de um tema polêmico. Principalmente por ocasião dos Ataques de 11 de Setembro – antes dos quais o próprio Osama Bin Laden havia declarado uma " jihad contra judeus e cruzados" [1] – o exame histórico das Cruzadas voltou à tona. Afinal, o que foram realmente as Cruzadas: guerras injustas e violentas dos cristãos contra os muçulmanos ou, ao contrário, uma história épica, romântica e incriticável – como pintam outras pessoas?
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Para um exame acurado acerca das Cruzadas, deve-se prescindir de preconceitos ou reducionismos e partir a uma investigação rigorosa dos fatos e documentos históricos. Antes de tudo, importa dizer que essa visão negativa sobre esse período histórico não foi criada pelos árabes – como pensa, por exemplo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama –, mas surgiu justamente no Ocidente, por obra de pensadores iluministas e anticlericais. Agora, essa mentira é creditada por terroristas islâmicos, que a usam como justificativa para uma "vingança".
A verdade é...