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Um coração que lutou pela salvação das almas

Foi no Brasil que Deus quis, pela ação da sua graça, configurar ao de Cristo o coração de Santa Paulina, para assim manifestar a glória de seu poder e bondade, Ele, que faz brotar o lírio no meio do charco e os santos nos lugares mais inóspitos e insalubres.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 10, 1-7)

Naquele tempo, Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! Em vosso caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está próximo’”.

Celebramos hoje a Memória de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, santa nascida na Itália, mas verdadeiramente brasileira. O santo, afinal, não nasce da carne nem do sangue, mas de Deus: “Sed ex Deo nati sunt”. Assim são feitos os santos, isto é, por ação da graça, que se manifesta nos lugares mais inóspitos e mais insalubres.

A família de Paulina saiu da Itália passando fome e veio ao Brasil para continuar igualmente miserável. Apesar de sua miséria econômica, Paulina se encheu de compaixão e começou a ajudar os mais pobres, movida pelas entranhas de caridade de Jesus, cujo Coração, que depois será parte do seu nome religioso, se compadece dos realmente necessitados. Paulina logo viu que a necessidade maior não era a financeira ou a social, mas a espiritual. Era preciso converter os brasileiros a Deus.

Da simplicidade de Santa Catarina, Paulina vem a São Paulo cumprir essa difícil missão. A São Paulo da época não era como a de hoje. Conquanto mais pacata, era já uma cidade grande, e é consolador pensar que, naquele mundo de pedra agitado e insalubre, do qual se poderia pensar: “Como pode brotar aqui a santidade?”, a santidade brotou de fato.

Paulina talvez não pareça, a um olhar demasiado humano, o material com que se faz uma santa. Italiana rude, semi-analfabeta e moreninha, por isso objeto de preconceito, ela viveu a santidade no silêncio e na obediência, configurando-se em tudo ao Coração agonizante de Jesus. Ora, o que é o Coração agonizante de Nosso Senhor? É o Sagrado Coração que, no Horto das Oliveiras, entra em agonia [ἀγών (agón)], em luta, em trabalho, em dores de parto a fim de gerar almas para Deus.

Santa Paulina teve um coração agonizante, não em sentido negativo, como se vivesse angustiada, depressiva ou necessitada de ansiolíticos. Coração agonizante quer dizer aqui coração de lutadora, de batalhadora de Deus, de mãe que sofreu trabalhos de parto para salvar a alma de seus filhos espirituais. Assim deve ser o nosso coração. É confortador saber que Paulina sofreu pela conversão dos brasileiros e que, de lá do Céu, ela continua a interceder para que também nós tenhamos um coração de “agonista”, isto é, de quem luta pela salvação das almas.

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