CNP
Christo Nihil Præponere"A nada dar mais valor do que a Cristo"
Todos os direitos reservados a padrepauloricardo.org®
Texto do episódio
656

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 12, 39-48)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis.

Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”

Uma vez que o Filho de Homem, tanto em seu retorno glorioso como em seu encontro com cada fiel após a morte, virá de improviso e quando menos esperamos, é evidente com que vigilância devemos estar preparados para recebê-lo, a fim de que Ele não nos surpreenda desatentos ou adormecidos.

Os Evangelhos sinóticos nos falam dessa realidade em ao menos quatro parábolas: a do ladrão e o dono da casa; a do administrador fiel; a das virgens néscias; e a dos talentos.

No Evangelho de hoje, o Senhor nos conta as duas primeiras, nas quais se destacam, de um lado, a certeza de que Cristo virá, a incerteza de quando virá e, por isso, a necessidade de se manter alerta, como um vigia prudente que está sempre atento ao menor sinal de assalto; e, de outro lado, o fato de os bens da casa (isto é, da Igreja), enquanto não chega o dia do Senhor, estarem confiados a um grupo de administradores, os Apóstolos e seus sucessores, chamados a guardar fielmente a doutrina, pregar a Palavra de Deus e administrar os sacramentos.

Desse modo, entre a primeira vinda de Cristo, pela qual fomos salvos, e a segunda e definitiva, na qual terá fim a nossa história, há uma fase intermediária — chamada tempo da economia sacramental —, em que todos os fiéis devem estar vigilantes, à espera do Senhor, e os pastores, chefes da família cristã, têm o dever particular de custodiar o depósito da fé e alimentar espiritualmente os súditos com a doutrina revelada e a graça dos sacramentos, para que o Senhor encontre a todos fiéis à vocação do Batismo e perseverantes na mesma fé, católica e apostólica.

Mantenhamo-nos constantes na prática da nossa santa religião, observando-lhe os mandamentos e confessando, de voz e coração, a única fé que Cristo nos revelou.

O que achou desse conteúdo?

Mais recentes
Mais antigos
Texto do episódio
Comentários dos alunos