Estamos tentando resolver uma grande pergunta — em que consiste a masculinidade? —, e vimos a tragédia dos nossos dias, em que se perdeu a noção da verdadeira masculinidade, entendida como um conjunto de caracteres de base biológica que necessitam de um desenvolvimento.
Com efeito, o homem não é apenas corpo; somos corpo e alma. Um simples animal não se põe o problema da própria masculinidade. A programação nele vem embutida, como um computador que só rodasse um único programa. Nós, seres humanos, somos diferentes. Temos uma abertura extraordinária para o transcendente e podemos verdadeiramente decolar. Para isso, precisamos conhecer melhor o hardware e saber qual é o verdadeiro software, ou seja, o que é a verdadeira masculinidade, o que é a virtude.
Fala-se muito hoje em dia de “masculinidade tóxica”, expressão problemática, entre outras coisas, por condenar em bloco toda e qualquer forma de masculinidade. No entanto, cumpre reconhecer com honestidade que existe um jeito doente de ser homem, a saber: quando se assume a selvageria da testosterona desregrada como verdadeira masculinidade. Isso não é ser homem de verdade. Trata-se de uma distorção.
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