Seguimos a exposição do nosso curso sobre os princípios da pedagogia cristã. Na última aula, descobrimos que estamos diante de uma realidade trágica: queremos formar santos, mas vivemos em constante luta interior. Assim como São Pedro, que prometeu fidelidade a Jesus e depois o negou, oscilamos entre querer o bem e fazer o mal. Tudo isso porque dentro de nós há duas forças em conflito, reflexo da nossa natureza, que une o mundo animal e o espiritual. Para retratar isso, podemos imaginar o pitoresco Monte Saint-Michel, na França — imponente abadia medieval que se eleva sobre uma montanha —, em contraste com as ovelhas que pastam em torno da magnífica construção. Eis a representação dos dois mundos. Essa é a dinâmica do processo pedagógico.
Nesse sentido, Santo Tomás de Aquino, dentre os Doutores da Igreja, é quem oferece os princípios mais sólidos para a pedagogia, pois sua visão do homem é mais completa. Com ele, a Igreja amadureceu — depois de 13 séculos — e formulou uma explicação racional do ser humano, evitando concepções simplistas. Muitos hoje leem os Santos Padres, como Santo Agostinho, Orígenes, São João Crisóstomo, São Basílio etc., o que é excelente,...