Visto, como explicamos ao longo deste curso, que a quase totalidade das antinomias protestantes derivam fundamentalmente de uma cristologia incompleta e heterodoxa, esperamos ter deixado claro que Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus (cf. Jo 3, 16), é o centro e o núcleo da fé da Igreja. Sobre o dogma de sua divina humanidade, pela qual fomos resgatados da miséria em que o pecado de Adão nos fizera despenhar, ergue-se, por assim dizer, todo o edifício doutrinal que faz da pregação cristã um verdadeiro e admirável milagre de coerência, rigor e harmonia. A centralidade do mistério cristológico, com efeito, exerce sobre o restante da fé católica um tal influxo que o mais leve desvio nessa matéria é o bastante para comprometer-lhe a saúde e mudar-lhe de todo a fisionomia. Daí se vê, pois, que tudo quanto esteja próxima ou remotamente relacionado à única e mesma divina pessoa do nosso Redentor depende, como uma árvore de sua raiz, da maneira como entendemos o que pela fé confessamos, a saber: que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Ora, dado que foi por meio da Santíssima Virgem Maria que o Senhor, nascendo de mulher (cf. Gl 4, 4), dignou-se vir ao...