"A Igreja", ensina o bem-aventurado Papa João Paulo II, "vive da Eucaristia" [1]. "Fonte e ápice de toda a vida cristã" [2], o sacramento do corpo e sangue de Cristo, realizando de modo admirável a promessa do Salvador: "Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos" (Mt 28, 20), é a razão de ser não apenas do mistério da Igreja, mas também, e por isso mesmo, da própria criação. O mundo, creem-no os cristãos desde o início [3], foi feito em vista da Igreja e é nela, finalidade de todas as coisas [4], que Deus deseja reunir sob a mesma fé o conjunto da família humana, dispersa entre povos e nações [5]. Nesse sentido, o sacrossanto memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor, no qual Ele mesmo se faz presente sob as espécies do pão e do vinho e se dá ao homem como alimento, é o fim ao qual se ordenam os demais sacramentos, bem como "todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas" [6]. É, pois, à recepção da Eucaristia que a vida cristã, chegada então à sua maturidade, está necessariamente orientada: é nela que haure forças, é dela que se mantém, é por ela, enfim, que se torna sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5, 13s).
É essa fundamental...