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A felicidade de morrer por Cristo

“Vim unicamente para pregar a verdadeira religião àqueles que não a conhecem”, disse São João Teófanes Venard pouco antes de entregar a vida por fidelidade a Cristo e pela salvação das almas.

Texto do episódio
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Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 21, 1-4)

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. Diante disto, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

Celebramos hoje, com grande alegria, a memória dos mártires vietnamitas Santo André Dung-Lac e seus companheiros. São ao todo 117 mártires, que morreram nos territórios de Tonkin, Annam e Cochinchina, no atual Vietnã. 

No território de Annam, viveu um mártir que era muito querido de Santa Teresinha do Menino Jesus: João Teófanes Venard. Santa Teresinha guardava a sua foto nas cortinas de sua cama na enfermaria de Lisieux e inspirava-se muito no amor com que esse jovem sacerdote de 31 anos entregou a vida a Deus. 

Quando ainda era pequeno, ouvindo falar de um mártir da sua região, invejou-o e disse que também desejava ser martirizado. Já maior de idade, ele entrou no seminário, foi ordenado sacerdote e, depois, entrou para as missões estrangeiras. Antes de ser enviado para o Oriente, os superiores e as pessoas ali presentes fizeram algo que já era costume: beijaram os pés daqueles que partiam, venerando os “mártires por antecipação”, pois era certo que eles iriam morrer nas perseguições contra os cristãos. Mesmo assim, Teófanes Venard, como um grande missionário e presbítero, pregou o Evangelho naquela região, converteu muitas pessoas, ministrou o Batismo, a Eucaristia, e até a Crisma — porque tinha delegação do Administrador apostólico — e acompanhava os doentes no seu leito de morte, dando-lhes a Extrema Unção. E fazia tudo isso escondido, para não ser percebido pelas autoridades. 

Infelizmente, no momento em que o seu ministério mais florescia, ele foi traído por uma pessoa que se dizia cristã, entregando-o às autoridades. Então, São Teófanes foi preso e, em sua prisão de bambu, escrevia cartas para o seu pai e irmãos, dando a eles muitos conselhos.

Essas cartas impressionaram Santa Teresinha do Menino Jesus, a qual, com seu espírito missionário, admirava essa alma toda entregue a Deus no martírio. Ele escrevia sobre a felicidade de morrer por Cristo, e sempre as terminava dizendo: “Certamente é a minha última”, porque só estava aguardando a sentença da execução.

Em suas cartas, São Teófanes se preocupava com a salvação das almas de seus irmãos de sangue, orientando-os a não se deixarem seduzir pelas coisas do mundo, porque havia algo muito mais importante. Ele, que tinha ficado órfão de mãe muito jovem, também escrevia ao seu pai: “Nós estamos neste mundo de passagem. Somos flores que serão colhidas por Deus e plantadas no Céu”, fazendo uma analogia com a decapitação que iria sofrer, mas destacando que seria levado deste mundo para junto de Deus. Além disso, ele exortou a sua família, sobretudo as suas irmãs, para se alegrar quando recebessem a notícia de seu martírio, porque morreria feliz por Cristo.

Eis a felicidade dessa alma que sabia que iria se encontrar com Aquele a quem amava e que veria muito em breve! O sonho da sua vida estava realizado: o martírio! Que São Teófanes Venard, Santo André Dung-Lac e seus companheiros intercedam por nós, e alcancem-nos a graça de ter um amor tão grande por Jesus a ponto de nos oferecermos em sacrifício por Ele.

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